Covid-19 já custou 400 mil euros ao município de Benavente

O Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho, anunciou esta quinta-feira, 18 de Junho, que desde Março, a autarquia de Benavente já gastou cerca de 400 mil euros com a Covid-19.

As verbas foram gastas nas medidas de mitigação da pandemia, bem como nos apoios sociais decretados pela autarquia de Benavente, que só em alimentação, e de acordo com o boletim emitido pelo serviço municipal de protecção civil, faz chegar refeições diárias a mais de 800 pessoas.

O Município de Benavente adquiriu também computadores portáteis, para que os alunos mais carenciados pudessem também prosseguir os seus estudos, ainda que estes venham depois a ser geridos pelos agrupamentos de escolas de Benavente e Samora Correia.

Carlos Coutinho, Presidente da autarquia de Benavente refere que para si “há dois pontos de vista importantes”, “um primeiro a reacção/acção que tivemos que desenvolver e que foi comum, os municípios foram importantíssimos nesta linha de primeira intervenção, e aí direi que houve o assumir de muitas despesas, e acho que bem“, prosseguindo explicando que “quanto falamos aqui de dotarmos de condições para termos uma acção pronta e rápida, tem também a ver com isto tudo, a forma como planeamos, como fazemos os investimentos, para darmos a resposta e estamos a falar do ponto de vista social, da saúde, operacional…”, referindo o autarca que sobre os valores gastos com a Covid-19, “estamos a falar desde Março até agora”, explicando que “quando falei de 400 mil euros, o município tem cerca de 270 mil euros directos”, sendo que “depois temos outras situações que dizem respeito a equipamentos que as câmaras compraram através da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, cuja situação não está ainda bem definida, mas foram centenas de milhares de euros que não havendo financiamento comunitário, nós iremos assumir a nossa parte, ou vamos ter que assumir integralmente, ainda que distribuído pelas onde câmaras estamos a falar de muito dinheiro.”

Outra das situações que levou a autarquia a realizar um gasto não conjecturado está relacionada “com as empresas de transporte em que os municípios tiveram que financiar, para que continuassem operacionais em dezenas e dezenas de milhares de euros, tudo isto somado estaremos a falar de uma verba que se aproxima dos 400 mil euros, obviamente que para um orçamento, seja ele qual for, é muito dinheiro.”

Carlos Coutinho assume que o seu município irá sempre zelar pela saúde dos seus munícipes, mesmo que para isso tenha que abdicar de algum dos investimentos previstos, “nós sempre aqui dissemos que temos que tomar opções e esta situação do Covid-19 que exige uma resposta excepcional, também tem que ter medidas excepcionais e como temos dito, se tivermos que deixar cair um investimento, ou seja o que for, para dar esta resposta é aquilo que faremos”, ainda que entenda que “por parte da administração central este esforço devia ser reconhecido e devia de haver também alguma afectação de verbas para nós”, justificando este entendimento com o facto de terem sido os municípios que tiveram “na linha da frente em todas áreas e com custos que são da comunidade toda, sendo que há países que fizeram isso, transferiram para o poder local verbas para poderem fazer este tipo de intervenções”, facto que até agora refere que “nós não as tivemos, mas seria importante que acontecessem, não sabemos se eventualmente neste orçamento rectificativo pode vir trazer, ou não, algumas verbas para nós, mas da parte do Município de Benavente estamos com a situação controlada e em condições de continuar a dar resposta.”