Tecnologia 5G em todos os concelhos e 69% das freguesias no final de dezembro

4 Março 2024, 18:09 Não Por Lusa

A tecnologia 5G chegava “a todos os concelhos” de Portugal e a “69% das freguesias” no final do ano passado, de acordo com dados hoje divulgados pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

No final de 2023, “de acordo com a informação reportada pelos operadores à Anacom, o número de estações de base instaladas no território nacional com tecnologia 5G ascendia a 8.927 estações”, o que representava “um acréscimo de 53% do número de estações face ao reportado no final de 2022, refere o regulador, em informação disponível no seu ‘site’.

Do terceiro trimestre de 2023 para o quarto registou-se um aumento de 9% das estações base 5G instaladas, o corresponde a 701 novas. Já o número de freguesias com estações de base 5G aumentou 11%, sendo que nas freguesias de baixa densidade a subida foi de 21% (correspondendo a 200 novas freguesias) e nas regiões autónomas o crescimento foi de 5% (sete novas freguesias).

As 8.927 estações de base 5G instaladas em Portugal estão presentes em “2.136, o que representa 69%” do total do país.

De acordo com a Anacom, a “NOS mantém-se como o operador que instalou mais estações de base 5G, sendo seguida pela Vodafone e pela Meo”, da Altice Portugal.

No que respeita à variação do número de estações instaladas por operador face ao trimestre anterior, a NOS cresceu 9% (+ 346 estações), a Vodafone 10% (+ 283 estações) e a Meo 5% (+ 72 estações).

“A densidade de estações de base 5G em Portugal, no final do quarto trimestre de 2023, é de aproximadamente uma estação de base por cada 10 quilómetros quadrados” e, “em termos médios, constata-se que existem 85 estações de base 5G por 100.000 habitantes”, adianta o regulador.

“Se, por um lado, estes indicadores vêm comprovar o crescimento das redes 5G em Portugal, por outro releva-se que não existe uma distribuição homogénea ao longo do território, verificando-se que é ao longo da faixa litoral ocidental, principalmente entre Viana do Castelo e Setúbal, e da faixa litoral meridional (Algarve), que a concentração do número de estações é maior”, aponta a Anacom.

Numa análise global, “as zonas do país onde a densidade de estações é superior correspondem também àquelas onde a densidade populacional é mais elevada ou onde existe uma sazonalidade do número de habitantes”, sendo a operadora da Altice Portugal aquela que “apresenta estações de base 5G num maior número de concelhos, 305, seguindo-se a NOS, com a presença em 303 concelhos, e a Vodafone, em 301 concelhos”.

Dos 308 concelhos (que é a totalidade do país) onde existem estações 5G, “296 dispõem de estações de base instaladas por três operadores (Meo, NOS e Vodafone)”.

Face ao trimestre anterior, “são mais 20 concelhos que contam com a presença dos três operadores móveis com rede própria”.

Entretanto, “o número de concelhos que dispõem de estações de base instaladas por dois operadores é nove e o número de concelhos que apenas dispõem de estações de base instaladas por um único operador é de três (face a 13 no trimestre anterior)”.

Tomando como referência o final de dezembro, “a NOS é o operador que instalou um maior número de estações de base 5G, num total de 4.235 estações (47%), seguindo-se a Vodafone com 3.233 estações (36%) e a Meo com 1.459 estações (16%)”.

Além disso, “verifica-se que uma expressiva maioria das estações 5G (57% do total, correspondendo a 5.081 estações) localiza-se em Áreas Predominantemente Urbanas (…), cerca de 16% (1.385 estações) estão instaladas em Áreas Mediamente Urbanas e 28% (2.461 estações) em Áreas Predominantemente Rurais, representando um aumento das estações nestes dois últimos tipos de áreas desde o final do terceiro trimestre” do ano passado.

“Atendendo às características das redes móveis 5G – que se antecipa que venham a ter um grau de densidade de antenas relativamente elevado, por comparação com tecnologias anteriores – é expectável que continue a existir um ritmo relevante de investimento na instalação de mais estações de base, com vista ao reforço da cobertura e da capacidade das redes”, conclui o regulador.

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