Presidente da Câmara de Benavente defende bairrismo saudável entre Benavente e Samora Correia

20 Agosto 2020, 10:48 Não Por João Dinis

Numa altura em que as populações de Benavente e Samora Correia parecem estar de “costas voltadas”, por entenderem que houve um tratamento diferente da Câmara Municipal de Benavente, para com as organizações das Festas de cada localidade, o Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho, que garante que houve tratamento igual, sendo que se realizaram iniciativas semelhantes em ambas as localidades do seu concelho, defende que o bairrismo é bonito, desde que seja saudável.

Carlos Coutinho começa por referir que é “um defensor (do bairrismo), e nós fazemos essa apologia, no sentido que nós tenhamos o sentimento de pertença à nossa terra, isso acho que é fundamental para qualquer comunidade, e nós temos isso no concelho de Benavente”, referindo que para si o “bairrismo é algo também muito salutar, quando nós conseguirmos identificar-nos com um determinado espaço e defendermos como nosso, isso é algo que todas as terras deveriam ter, e nós temos!

O autarca afirma que “é preciso perceber que bairrismo não pode ser algo contra ninguém, tem quem ser a favor, e às vezes, já foi muito mais complicado no passado, surgem estas questões de que a outra terra mais do que a minha, e a outra não tem e isso não corresponde à verdade”, sendo que no caso do concelho de Benavente existe uma particularidade de Carlos Coutinho destaca, “temos uma sede de concelho, que num concelho que tem 31 mil habitantes, em Benavente estão 8 ou 9 mil e em Samora Correia estão 18 ou 19 mil, o que cria aqui uma situação que procuramos gerir de uma forma respeitosa para com as populações e obviamente não deixando de afirmar que há uma sede de concelho que é Benavente.”

Referindo-se ainda às questões das festas da Sardinha Assada e das Festas de Samora Correia, o Presidente volta a afirmar que existiu “um tratamento exactamente igual”, acrescentando que “o tratamento que teve a comissão de festas da Sardinha Assanha foi igual”, ainda que exista a necessidade de todos entenderem que “no momento em que se realizaram as festas da Sardinha Assada, é preciso dizer que temos este problema do covid-19 desde Março”, sendo que ”em Junho a forma como encaramos esta situação, não é a mesma como encaramos hoje, estamos a falar até da própria consciência de todos nós, colectivamente e individualmente…”, mas ainda assim “na altura foram definidos acontecimentos similares aos que aconteceram em Samora Correia, um camião com um artista que circulou nas ruas, mais uma série de acontecimentos, que conscientemente foram realizados sem provocar ajuntamentos de pessoas”, algo que aconteceu também em Samora Correia, sendo que a intenção destes momentos criados em Benavente e Samora Correia era somente para “marcar, assinalar as festas e as pessoas sentem-se confortáveis com isso, foi um “miminho” digamos assim, momentos que noutras alturas não teriam grande importância, hoje têm uma importância bastante significativa”, conclui.

____________________