Municípios da Lezíria “indignados” com Tiago Oliveira “cortam relações” com AGIF

28 Julho 2023, 20:20 Não Por Lusa

Os presidentes dos 11 municípios da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) manifestaram hoje “indignação” pelas declarações do presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais no parlamento, anunciando o “corte de relações” com a AGIF.

“O senhor engenheiro Tiago Oliveira lamenta o investimento feito nos corpos de bombeiros, ao mesmo tempo que afirma que os mesmos recebem financiamento pela área ardida. O senhor engenheiro tem obrigação de saber que isso é mentira. Se não o sabe, o caso é ainda mais grave. As fontes de financiamento dos corpos de bombeiros são públicas”, afirmam os autarcas em comunicado.

Para os presidentes das câmaras municipais de Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém, “quando um alto responsável de uma agência governamental decide espalhar notícias falsas, algo deve ser feito pela tutela”.

“A CIMLT e os seus presidentes de câmara decidiram cortar todas as relações com a AGIF, estando apenas presentes em reuniões que a Lei obrigue”, acrescentam.

Os 11 presidentes de câmara dos municípios associados da CIMLT “exortam o presidente da AGIF a provar o que disse” na Comissão de Agricultura e Pescas da Assembleia da República “ou a demitir-se”.

Em causa estão as declarações de Tiago Oliveira na Comissão parlamentar de Agricultura e Pescas, na quinta-feira, quando disse que “há municípios a gastar meio milhão de euros, uma barbaridade de dinheiro, nos bombeiros, quando não gastam dinheiro a gerir a floresta”.

Também hoje, a Comunidade Intermunicipal do Algarve pediu a demissão do presidente da AGIF.

“Os 16 autarcas algarvios não têm confiança e nem reconhecem competência a Tiago Oliveira para ocupar tão importante e fundamental cargo, e pedem, por isso, que o presidente da AGIF – Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais – se demita, reconhecendo que não tem condições para se manter em funções”, apelaram as câmaras do distrito de Faro, em comunicado.

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