Bombeiros de Coruche em greve durante as Festas de 14 a 19 de agosto

28 Julho 2023, 18:19 Não Por Redacção

Acusando o antigo comandante dos Bombeiros Municipais de Coruche e atual Coordenador Municipal de Proteção Civil de Coruche, Luís Fonseca, de intervir na gestão da corporação, o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais anunciou uma greve de 14 a 19 de agosto, por ocasião das Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo, com o objetivo de “reclamar melhores condições salariais e laborais.”.

De acordo com o sindicato estes pretendem ver implementadas uma série de medidas, nomeadamente a  reorganização do horário de trabalho em turnos de 12 horas; escalas de reforço aos turnos; pagamento do horário extraordinário e do subsídio de turno a 25%; retribuição do trabalho realizado em dia feriado; reforço de efetivos; abertura de concursos de promoção e o cumprimento das condições de higiene e segurança dos Bombeiros.

“As queixas dos trabalhadores incluem ainda a contabilização da hora de refeição”, acrescenta a estrutura, dando como exemplo o turno das 00h às 8h, “os Bombeiros dispõem de uma hora de refeição, das 4h-5h da manhã. Os Bombeiros podem ausentar-se do quartel nesse período, para ir a casa ou a outro local, mas estão sujeitos a serem contactados para uma ocorrência, interrompendo assim a sua hora de descanso.”

De acordo com o sindicato esta greve foi decidida após vários plenários realizados nos últimos meses, e após o pré-aviso de greve anunciado anteriormente, ao qual “ a Câmara Municipal de Coruche ainda não deu resposta às pretensões dos Bombeiros.”

“Fonte dos Bombeiros explicou que, nos últimos meses, surgiram alegados relatos de abuso de autoridade por parte do novo Coordenador Municipal de Proteção Civil de Coruche, Luís Fonseca, em que o responsável desvia os operacionais para outras tarefas, entre as quais, limpeza e manutenção das viaturas e equipamentos da corporação. Ordens que competem unicamente ao Comando e à estrutura hierárquica dos Bombeiros”, lê-se na missiva do sindicato.

“Os Bombeiros queixam-se ainda da postura de indiferença do Coordenador por ter abandonado um Corpo de Bombeiros que não tem capacidade de resposta no transporte de doentes não urgentes, conseguindo apenas assegurar cerca de 80% das emergências médicas no concelho. Além disso, estes trabalhadores combatem incêndios e sinistros em condições precárias”, concluem.

________________

_____________________

_____________________