Assinado contrato de 2,5 ME para obras nas muralhas de Santarém

O Fundo de Salvaguarda do Património Cultural assinou hoje um contrato de 2,5 milhões de euros com a Câmara de Santarém para a consolidação estrutural das muralhas da cidade, no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

O segundo contrato foi também assinado para a cooperação entre a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) e o município na execução do projeto, que visa recuperar seis troços da muralha, classificada como imóvel de interesse público.

As muralhas de Santarém integram o lote de monumentos que necessitam de intervenções urgentes de conservação e restauro, devido à passagem do tempo e aos danos causados pela chuva do ano passado.

Presente na assinatura do contrato, a secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, explicou à agência Lusa que o valor de 2,5 milhões de euros foi definido com base no trabalho prévio feito entre o município de Santarém e a DGPC, que fizeram um levantamento de patologias e um diagnóstico do trabalho a realizar.

A governante mostrou-se ainda otimista em relação aos prazos de execução das obras.

“Cada autarquia assume também como seu este projeto. Aqui há um grande sentimento de partilha de um objetivo comum, que é a recuperação do nosso património cultural” concluiu.

Isabel Cordeiro destacou ainda o papel do Programa de Recuperação e Resiliência, afirmando que “é uma oportunidade única para a cultura”.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), manifestou-se satisfeito com o financiamento e considerou que estas obras vão ter um impacto positivo na cidade.

“Todas as obras no património têm um impacto positivo no turismo e Santarém tem recuperado património de forma excecional nos últimos 20 anos”, afirmou.

Sobre o prazo previsto para a conclusão das obras de reabilitação das muralhas, o presidente da Câmara disse que está previsto para dezembro de 2025, mas espera que seja mais rápido com a ajuda da DGPC.

“A DGPC vai-nos ajudar para que sejam mais rápidas essas obras”, declarou.

Em maio, o vereador da Cultura da Câmara de Santarém adiantou que a intervenção vai começar no troço a Rua Pedro Canavarro, identificado como o que necessita de intervenção mais urgente, por questões de segurança, uma vez que têm caído pedras para a via pública, numa zona muito movimentada do centro histórico.

Os outros troços em questão são os que se situam na zona conhecida como Ferro de Engomar (rua Arco de São Mansos), na antiga escola primária de S. Salvador (atual Incubadora d’Artes), no Largo do Carmo (junto à GNR), na Travessa das Figueiras e antes do Jardim das Portas do Sol, do lado da colina de Alfange.

No âmbito do PRR, foi criado um Departamento do Fundo de Salvaguarda do Património Cultural que presta apoio técnico, administrativo e logístico ao nível da intervenção em património imóvel.

Estes investimentos são, por sua vez, operacionalizados pela Direção-Geral do Património Cultural.