Quinze pessoas perderam a vida nas estradas da Lezíria este ano

23 Novembro 2023, 11:09 Não Por João Dinis

Quinze pessoas perderam a vida nas estradas da Lezíria do Tejo, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira, pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), no relatório da sinistralidade a 24 horas, que apresenta dados até ao mês de julho.

De acordo com os dados divulgados pela ANSR o concelho de Benavente é aquele onde se regista o maior número de óbitos, cinco, resultantes de quatro acidentes nas estradas nacionais e municipais que atravessam o território.

Os concelhos de Azambuja, Cartaxo e Vila Franca de Xira registaram dois óbitos resultantes de um único acidente. O mesmo número de óbitos foi registado no concelho de Salvaterra de Magos, mas na sequência de dois acidentes de viação.

Os concelhos de Rio Maior e Chamusca registaram um óbito cada.

Saliente-se ainda o facto dos concelhos da Lezíria do Tejo que integram o distrito de Santarém contabilizarem 11 das 18 mortes registadas na sequência de acidentes de viação.

Os concelhos do distrito de Lisboa, Vila Franca de Xira e Azambuja registam 4 das 27 mortes já registadas pela ANSR.

A nível nacional a ANSR registou no Continente e nas Regiões Autónomas 20.829 acidentes com vítimas, 287 vítimas mortais, 1.523 feridos graves e 24.323 feridos leves.
Em relação a 20191 – ano de referência para monitorização das metas de redução do número de mortos e de feridos graves até 2030 fixadas pela Comissão Europeia e por Portugal – registaram-se no Continente e nas Regiões Autónomas mais 23 acidentes (+0,1%), menos 9 vítimas mortais (-3,0%), mais 129 feridos graves (+9,3%) e menos 781 feridos leves (-3,1%).

No Continente, nos primeiros sete meses de 2023 registaram-se 19.926 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 280 vítimas mortais, 1.397 feridos graves e 23.281 feridos leves.

Comparativamente com o período homólogo de 2022, observaram-se aumentos em todos os indicadores no Continente: mais 1.594 acidentes (+8,7%), mais 31 vítimas mortais (+12,4%), mais 80 feridos graves (+6,1%) e mais 1.899 feridos leves (+8,9%). De salientar que, relativamente a 2022, de janeiro a julho de 2023 tem vindo a registar-se um aumento da circulação rodoviária com o correspondente acréscimo no risco de acidente, como se pode concluir do aumento de 10,7% no consumo de combustível rodoviário até julho de 2023, de acordo com dados da Direção-Geral de Energia e Geologia , e do aumento no 1º semestre de 11,2% do tráfego médio diário da rede de auto estradas da APCAP – Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagens .

A colisão foi a natureza de acidente mais frequente (53,4% dos acidentes), com 38,2% das vítimas mortais e 46,5% dos feridos graves. Os despistes, que representaram 33,7% do total de acidentes, corresponderam à principal natureza de acidente na origem das vítimas mortais (49,3%). Os atropelamentos corresponderam a 12,9% dos acidentes, 12,5% das vítimas mortais e 13,5% dos feridos graves

O número de vítimas mortais fora das localidades (144, 51,4%) foi superior ao apurado dentro das localidades (136, 48,6%). Comparativamente com os períodos homólogos de 2019 e 2022, verificou-se aumento das vítimas mortais dentro das localidades (+10,6% e +23,6%, respetivamente) em magnitude superior ao verificado fora das localidades(+5,9% e +3,6%, respetivamente). Contudo, o índice de gravidade dos acidentes fora das localidades ascendeu a 3,60 nos primeiros sete meses de 2023 (3,29 e 3,61 nos períodos homólogos de 2019 e 2022, respetivamente) 4,2 vezes superior ao índice dentro das localidades que se situou em 0,85 (0,78 e 0,76 em iguais meses de 2019 e 2022, respetivamente).

No que respeita à categoria de utilizador, considerando as vítimas mortais, 72,1% do total eram condutores, enquanto passageiros e peões corresponderam a 15,0% e 12,9%, respetivamente. Em termos de variações homólogas, nas vítimas mortais verificaram-se diminuições nos passageiros face a 2022 (-17,6%) e nos peões face a 2019 (-10,0%), apesar de um aumento destes últimos face a 2022 (+9,1%). Nos condutores, registaramse aumentos nas vítimas mortais face aos dois períodos homólogos (+14,1% face a 2019 e +22,4% face a 2022), a par de subidas também nos feridos graves

Em relação à categoria de veículo interveniente nos acidentes, os automóveis ligeiros corresponderam a 70,3% do total, com uma diminuição de 6,1% face a 2019, mas um aumento de 7,8% relativamente a 2022, sendo ainda de referir as subidas verificadas nos motociclos (+30,5% face a 2019 e +17,5% face a 2022) e nos velocípedes (+41,0% face a 2019 e +14,5% face a 2022). De realçar que os ciclomotores envolvidos em acidentes reduziram 24,3% face a 2019 e os veículos agrícolas reduziram 19,0% face a 2019 e 3,8% face a 2022.

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