Proteção Civil alerta para perigo de inundações na bacia do Sorraia
29 Novembro 2023, 20:32Num aviso à população, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indica que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê, para as próximas 48 horas, precipitação, por vezes forte, vento e queda de neve, alertando para a possibilidade de inundações, deslizamento de terras e piso escorregadio.
De acordo com o IPMA estão previstos para as próximas 48 horas períodos de precipitação persistente, por vezes forte, em todo o território continental, a partir da madrugada de amanhã, 30 de novembro, com especial relevo para a acumulação de precipitação numa hora (20 mm) a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, bem como a possibilidade de trovoadas na região Sul e vento com rajadas até 70 quilómetros/hora.
De acordo com a Proteção Civil na Bacia hidrográfica do Tejo “poderá ocorrer um aumento das afluências no Tejo e Sorraia, mas sem situações críticas”, sendo ainda assim expectável que possam ocorrer inundações momentâneas, fruto da precipitação esperada até ao dia de sábado.
É esperada a ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro, bem como a ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras.
A Proteção Civil alerta tam´bem para a instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo.
A Proteção Civil apela ainda a população para a adoção de comportamentos adequados, em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomendando a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de objetos que possam ser arrastados, adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas, e especial cuidado para a possibilidade de queda de ramos e árvores.
Segundo a ANEPC, a população deve ter igualmente “especial cuidado” na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas, adoção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias rodoviárias, e não atravessar zonas inundadas.