Primeiro-ministro deixa mensagem de Natal aos portugueses focada na pandemia

25 Dezembro 2021, 21:46 Não Por Redacção

“Este é o segundo Natal que vivemos em pandemia” e é, por isso, “mais um Natal que temos de viver com todas as cautelas, porque o melhor presente que podemos oferecer a qualquer um dos nossos familiares e aos nossos amigos é proteger a sua saúde”, disse o Primeiro-Ministro António Costa na sua mensagem de Natal

Referindo que “nem sempre é fácil” e dando o seu exemplo do Natal de 2020, que passou em isolamento profilático, o Primeiro-Ministro acrescentou que “verdadeiramente difícil é a dor de quem sofre a perda de um ente querido ou as provações de quem está doente”, dores e provações “que nenhum de nós quer sofrer e que todos desejamos que os que nos são mais queridos nunca sofram”. 

António Costa afirmou que “nestes quase dois anos de pandemia todos aprendemos que cada um de nós só se protege, protegendo os outros”, “este espírito fraterno e solidário” reforçando “o nosso sentido de comunidade”.

“E nunca será demais agradecer o extraordinário civismo dos portugueses, na adoção das medidas de segurança ou na adesão em massa à vacinação”, acrescentou.

O Primeiro-Ministro lembrou que “faz depois de amanhã um ano que se iniciou o processo de vacinação. Desde então quase toda a população maior de 12 anos está vacinada, dois milhões e meio de pessoas já receberam a dose de reforço e iniciámos a vacinação das crianças dos 11 aos 5 anos”.

Os profissionais de saúde, “depois do incansável trabalho em 2020” e “da dramática vaga que tiveram de enfrentar em Janeiro e Fevereiro deste ano”, “foram mais uma vez inexcedíveis na notável operação de vacinação”. 

António Costa disse saber que podia “falar em nome de todos os portugueses, sem exceção, dirigindo a todos os profissionais de saúde um muito, muito obrigado”. 

Se “a vacina provou ser a arma mais eficaz no combate à pandemia”, “a guerra ainda não acabou”, pois “há milhões de seres humanos em todo o Mundo que ainda não tiveram acesso à vacina e, enquanto assim for, o vírus continuará activo e persistirá o risco de se transformar em novas variantes», pelo que «é fundamental acelerar a vacinação à escala global e prosseguir o reforço vacinal em Portugal”.

A pandemia também “tem tido um impacto brutal na nossa sociedade. No dia a dia da nossa vida, no processo formativo das nossas crianças e na solidão dos idosos, na prática do desporto amador ou de formação, em todo o sector da cultura, na actividade das empresas, no emprego, no rendimento das famílias”, disse. 

O Primeiro-Ministro referiu que “as escolas, as entidades do sector solidário, as autarquias locais, o Estado e a União Europeia fizeram o possível – e até o que tantas vezes parecia impossível – para acorrer a todos nas diversas vicissitudes que enfrentaram”. 

“Seguramente não conseguimos chegar sempre a tempo, nem sarámos ainda todas as feridas”, e, “apesar de o emprego já ter recuperado plenamente e de termos retomado um crescimento robusto, não podemos perder o foco no esforço nacional de recuperação”, afirmou. 

António Costa disse que “devemos fazê-lo com a confiança de um Povo que, tendo superado cada etapa desta pandemia, é capaz de se superar, de encarar o futuro com esperança, continuando a ser extraordinário nos tempos de normalidade e tranquilidade porque todos ansiamos”.

Finalmente, desejou um feliz Natal, “com uma palavra de saudade para as comunidades portuguesas residentes no estrangeiro e de especial reconhecimento para todos os que nesta noite estão a trabalhar”.

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