Presidente da Câmara de Vila Franca de Xira assina contrato para reabilitação de teatro centenário

31 Outubro 2024, 11:22 Não Por André Azevedo

A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira assinou, no dia 25 de outubro, um contrato para reabilitação do Teatro Salvador Marques de Alhandra, segundo um comunicado divulgado pelo município.

O contrato de adjudicação do projeto de reabilitação do teatro, assinado na Galeria Augusto Bértholo, assinala “um momento particularmente relevante, sob o ponto de vista cultural e patrimonial”, tanto da freguesia de Alhandra, como do concelho de Vila Franca de Xira, refere o presidente da Câmara Municipal, Fernando Paulo Ferreira, sublinhando a existência de uma “dinâmica cultural única que nunca se perdeu”.

O presidente da câmara, desde o início do seu mandato, procurou pôr o projeto no “radar dos fundos comunitários”, sem sucesso, pois “os fundos na área da cultura estão concentrados no património do Estado central”.

Em declarações à agência Lusa, o presidente cita que “o edifício se encontrava ao abandono” há várias décadas, num estado de grande degradação, dizendo que a câmara municipal tomou a iniciativa de remover do interior do edifício todo o património “aproveitável e com valor”, ficando o mesmo ao encargo do município.

Em continuação à sua resposta, refere que uma tentativa de promoção para a reabilitação do teatro centenário já teria sido feita, há quase 20 anos, pelos habitantes de Alhandra e do concelho de Vila Franca de Xira, sem resultados, e que esta assinatura marca o “renascimento” do interesse referente a esta obra.

O projeto, que conta com um investimento através da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, de cerca de 75,000 euros, está de momento em preparação para submissão da candidatura, pela Área Metropolitana de Lisboa (AML), de um cofinanciamento ao abrigo dos fundos europeus, através dos Investimentos Territoriais Integrados (ITI), a ser submetida até dezembro de 2025.

A reabilitação do Teatro Salvador Marques, com uma área de intervenção de 930,67 metros quadrados, pretende ser um novo centro cultural, dedicado às artes performativas como espetáculos de dança, música, teatro, entre outros, criando um “equipamento cultural digno, um edifício que servirá o concelho”.

As diretrizes do projeto que constam do caderno de encargos enumeram, em destaque, a adaptação do edifício às novas exigências regulamentares, a reconstrução da fachada original do teatro, a criação de zonas de acessibilidade para pessoas com mobilidade condicionada, a construção de um novo corpo do edifício nas imediações, com a criação de um café-concerto, auditório e zonas técnicas de apoio ao teatro, entre outros pontos.

Fernando Paulo Ferreira refere que só depois da conclusão do projeto é que se conseguirá ter um valor total dos custos da obra.

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