Orçamento das Festas de Coruche “quase triplicou”

11 Agosto 2023, 14:46 Não Por João Dinis

Com organização tripartida entre a Câmara Municipal de Coruche, Comissão de Festas e Irmandade de Nossa Senhora do Castelo, as Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo, que este ano têm mais um dia, viram o seu orçamento “quase triplicar”, muito por culpa da inflação, mas também por algumas exigências dos artistas.

Francisco Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Coruche, que este ano assumiu a responsabilidade da contratação dos artistas, mantendo a Comissão de Festas apenas a componente taurina, iluminação e fogo de artificio, em virtude dos contratos assumidos em anos anteriores, refere que embora “neste momento não conseguimos identificar os valores na globalidade, mas de uma forma simples podia dizer que o valor da componente cultural quase triplicou aquilo que é o orçamento também da Comissão de Festas”, justificando esse incremento com “um aumento exponencial dos valores não só dos artistas, mas do aluguer de palcos, do aluguer do som, do aluguer do conjunto dessas componentes”.
As exigências dos artistas também estão muito mais rigorosas, ou pelo menos com pormenores muito mais afinados”, frisa o autarca, que considera que “isso leva a que, de facto, os valores sejam muito maiores”, o que leva a que “no que diz respeito ao orçamento, a parte cultural, ele quase que triplica aquilo que é o orçamento que a comissão de Festas tinha nos últimos anos.”

O autarca desta que este aumento no orçamento das festividades tem também em conta o “nível e a qualidade artística dos artistas que nós cá trazemos”.

Francisco Oliveira relativiza a questão monetária, pois “são as festas de Coruche, são as festas no nosso concelho, tem que ter dignidade, tem de ter autenticidade, tem de ter vivacidade e tem que ser as maiores festas da nossa região.”

O facto da Comissão de Festas perder muitas das responsabilidades organizativas das Festas de Coruche, é justificado pelo autarca com a necessidade de “libertar” a Comissão de alguns encargos, e dotar as festas da “representatividade e a dignidade que sempre tiveram”.

Para o autarca este é um modelo que embora venha a sofrer alguns ajustes, nomeadamente com o Município a poder assumir também a parte das iluminações e fogo de artificio, “é para continuar”, pois “são parcerias que já estão constituídas ao longo dos anos entre a Irmandade de Nossa Senhora do Castelo, a Comissão de Festas e a Câmara Municipal,  mantêm-se sólidas e mantêm-se ativas e estão a perpetuar se no tempo, exatamente porque são parcerias de bom entendimento, de bom relacionamento e, acima de tudo, de cooperação.”

Questionado se este modelo seria o retirar de protagonismo, ou terminar com a Comissão de Festas, o autarca nega, e afirma que “a Comissão de Festas terá sempre um papel muito importante na realização das festas em honra da nossa Padroeira, até porque há áreas de atividade onde as autarquias têm mais dificuldade em se mobilizar e em agir, nomeadamente naquilo que tem a ver com a componente taurina”, pelo que “ficará sempre da responsabilidade da Comissão de Festas”.

“Claramente que este modelo é para manter, tenhamos ou não mais responsabilidade na dimensão geral das festas, mas este modelo entre três entidades é um modelo que deu provas de facto de bom funcionamento e portanto será com toda a certeza para manter, ainda que com a evolução dos tempos, com as alterações, digamos que daquilo que no fundo decorrem do contexto do nosso panorama artístico e cultural, possa haver aqui mais responsabilidades, ao menos para uns, mas claramente que o modelo é para manter”, conclui.

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