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Onda de envenenamentos em Almeirim deixa donos de animais domésticos em pânico

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Uma onda de envenenamentos de cães está a deixar a população de Almeirim bastante preocupada segundo revelaram alguns profissionais de medicina veterinária ao NS. As situações de envenenamentos são pontuais no concelho, mas no último mês tem escalado exponencialmente. Só nas últimas duas semanas foram registados sete casos em apenas uma das clínicas do concelho. 

Dos sete casos registados numa das clínicas em Almeirim, três evoluíram a óbito. O mais recente envenenamento aconteceu na segunda-feira, 15 de setembro, quando o dono passeava o animal na rua e não se apercebeu de o animal ter comido algumas rodelas de chouriço que se encontravam no local onde dono e animal passeavam. 

O NS sabe também que há relatos de animais que não têm acesso à rua e são envenenados no interior das propriedades dos donos. Estas situações têm-se espalhado por todo o concelho, havendo testemunhos de animais envenenados na cidade de Almeirim, mas também em povoações como Paço dos Negros, Fazendas de Almeirim, ou Raposa. Para já, e segundo fonte do Comando Territorial da GNR de Santarém, não foi apresentada qualquer queixa na GNR por envenenamento animal, mas as autoridades já estão ao corrente da situação. 

Pedro Santos, diretor clínico da Clínica Veterinária de Almeirim, referiu em declarações ao NS que pelos sintomas que os animais apresentam (convulsões, tremores, salivação e incoordenação motora), suspeita que esteja a ser utilizado algum tipo de veneno agroquímico, um género de produtos que não deveria ter acesso a toda a população, apenas a quem tem licença para a aquisição deste tipo de químico.

Quanto às motivações, o médico veterinário diz não ter qualquer suspeita, relembrando que em muitas destas situações de envenenamento o motivo prende-se com uma vingança contra o dono ou o animal, mas como Pedro Santos duvida que sejam essas as motivações, já que as situações não são localizadas, tendo ocorrido um pouco por todo o concelho.

O médico pede que os donos tenham atenção máxima ao que os animais ingerem e se notarem alguns dos sintomas já descritos devem imediatamente contactar um veterinário, pedindo ajuda para induzir o vómito nos animais. Devem depois dirigir-se imediatamente à clínica mais próxima.

“Todos os minutos contam. Se não se for rápido o suficiente os sintomas não são reversíveis”, alerta.

O diretor clínico deixa ainda o apelo para que os donos evitem que os animais comam alimentos estranhos e para terem atenção a movimentações estranhas, como alguém a deixar comida na rua. É também importante a preservação dos indícios para entregar às autoridades.

Em Portugal, o envenenamento de cães através da colocação de iscas com veneno é proibido por lei e constitui crime. O Código Penal, nos artigos 387.º e 388.º-A, introduzidos pela Lei n.º 69/2014, de 29 de agosto, criminaliza os maus-tratos e a morte de animais de companhia, prevendo penas de prisão ou multa para os infratores. Paralelamente, o Decreto-Lei n.º 276/2001, de 17 de outubro, estabelece medidas de proteção e bem-estar animal, reforçando a proibição de práticas que causem sofrimento ou morte injustificada. 

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