Museu Municipal de Coruche reabre após obras com exposição de Armindo Cardoso

28 Junho 2024, 18:42 Não Por Lusa

O Museu Municipal de Coruche vai reabrir no sábado, às 18:00, com uma exposição temporária do fotografo Armindo Cardoso, após um processo de requalificação e implementação de medidas de eficiência energética, divulgou o município.

As obras de requalificação do museu, localizado em Coruche, no distrito de Santarém, começaram em 01 de janeiro de 2022 e tiveram um custo total de 479 mil euros, dos quais 144 mil foram comparticipados pela União Europeia (através do programa FEDER).

Segundo o município, numa nota de imprensa, foram feitas no edifício várias intervenções ao nível da eficiência energética e na utilização de energias renováveis, o que vai permitir reduzir em 42,2% o consumo atual de energia primária.

De acordo com a autarquia, no distrito de Santarém, estas intervenções foram “fundamentais para modernizar a infraestrutura” e traduzem o compromisso “com a sustentabilidade e com a revitalização deste importante espaço de preservação da memória e da cultura coruchense”.

Com a conclusão da obra, o museu vai inaugurar a exposição temporária “Armindo Cardoso, um fotógrafo humanista em Coruche”, constituída por imagens que documentam as atividades autárquicas, a reforma agrária e os trabalhos agrícolas da zona nas últimas décadas.

A mostra, patente no museu até 31 de dezembro de 2024, reúne uma seleção das 25.600 imagens captadas durante a colaboração do fotógrafo com o município entre 1979 e 1989, e novamente em 2006.

Esta “não é apenas uma homenagem ao homem e à obra”, mas também “um convite aos coruchenses para refletirem sobre a sua própria história e identidade”.

Simultaneamente, o museu vai apresentar uma exposição de longa duração intitulada “Coruche: o Céu, a Terra e os Homens”, que aborda temas como o sagrado, as tradições agrícolas e a biodiversidade da região.

Esta exposição resulta de um projeto 3D, financiado pelo Alentejo 2020 (fundos comunitários) e assente na digitalização de várias peças históricas como uma pedra de anel datada do século I d.C, que constitui o logótipo do museu, um cetro medieval e ainda um sino de 1287, o mais antigo de Portugal.

Por estes dias, lembra a autarquia, Coruche recebe também um conjunto de iniciativas organizadas pelo coletivo do Festival Terras sem Sombra, evento cultural que “abarca a música erudita, o património e a biodiversidade”.

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