Mora em quarto lugar no ranking nacional da água com o preço mais justo

13 Dezembro 2020, 11:31 Não Por João Dinis

De acordo com o Estudo Comparativo dos Tarifários de Abastecimento de Água de Portugal, levado a cabo pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), o concelho de Mora é o quarto colocado a nível nacional, no ranking do Índice de Equidade, que nos indica o nível de justiça do custo da água atendendo aos factores familiar e regional.

Quando o índice de equidade toma o valor de zero significa ausência de discriminação do custo da água. Quanto mais negativo for o índice de equidade, maior é o nível de discriminação do custo da água”, refere a APFN, explicando que “o zero é a situação desejável para as famílias portuguesas, pois garante um acesso justo ao consumo de água.”
Neste Ranking da Água podemos verificar quais os municípios que realizam menores discriminações do custo da água, localizados no topo do ranking, bem como, os municípios que realizam maiores discriminações do custo da água, localizados na base do ranking.

Deste modo e de acordo com a APFN, o concelho de Mora é o quarto a nível nacional onde se pode observar uma maior equidade no valor cobrado pela água da rede pública, com -25,73 pontos, apenas batido pelas Lajes das Flores e Santa Cruz das Flores e pelo Corvo, os três nos Açores.

Também no ranking das Discriminações Regionais, o concelho de Mora se destaca, sendo o oitavo a nível nacional e o primeiro do distrito de Évora.

Os restantes concelhos do Vale do Sorraia, Coruche, Salvaterra de Magos e Benavente, que são abastecidos pela Águas do Ribatejo, encontram-se no lugar 88 da tabela, com -128,22 pontos.

Da análise dos preços praticados, verificámos a existência de discriminação para as famílias de maiores dimensões no acesso à água. As famílias numerosas portuguesas pagaram em média mais por m3 de água consumida e não desperdiçam água, apenas consomem mais água para conseguir cozinhar (para todos os elementos do agregado) e manter níveis de higiene pessoal (de todos os elementos do agregado), da roupa, da loiça e da casa”, salienta a APFN, que esclarece que tal ainda acontece porque existem municípios portugueses que não reconhecem esta discriminação.

A análise do índice de equidade dos municípios portugueses, veio confirmar que as discriminações no acesso à água ocorreram tanto ao nível da dimensão familiar como ao nível da região. Ou seja, por um lado, um aumento do número de elementos no agregado familiar conduz a aumentos do preço/m3 de água consumida e, por outro lado, o município de residência das famílias conduz a variações no preço base de acesso à água”, conclui a associação.

RelatorioEstudoAgua2019

________________

_____________________

_____________________