Mais de metade da população de Salvaterra de Magos não tem médico de família

Dos 21.306 utentes do concelho de Salvaterra de Magos inscritos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais de metade, 54,59%, correspondente a 11.630 pessoas não possuíam até final do mês de Março médico de família atribuído.

Essa é a principal conclusão de um relatório apresentado pelo Agrupamentos de Centros de Saúde da Lezíria (ACESL) ao Município de Salvaterra de Magos, a que o NS teve acesso, onde estes depositam grande esperança “no concurso (que está a decorrer) de colocação de especialistas de Medicina Geral e Familiar”, esperando que a Unidade de Saúde de Salvaterra de Magos “seja contemplada com vários lugares, com as vagas qualificadas como de unidade carenciada o que garante um acréscimo remuneratório significativo, durante três anos, para cada um dos médicos colocados”.

A situação mais grave vive-se mesmo na Glória do Ribatejo, onde dos 4.709 utentes inscritos nenhum tem médico de família atribuído.

Nos Foros de Salvaterra, dos 4.246 utentes inscritos, 2.429 não possuem médico de família, em Marinhais são 2.336 dos 5.868 inscritos a não terem médico atribuído e em Salvaterra de Magos são 2.156 dos 6.483 utentes a não terem clínico para o seguimento do seu estado de saúde.

De momento a Unidade de Saúde de Salvaterra de Magos possui 6 médicos especialistas de medicina geral familiar, estando uma baixa por gravidez e a outra a meio tempo por razões de saúde, sendo o serviço complementado com e 3 médicos a tempo inteiros, 2 a meio tempo e algum apoio de outros Centros de Saúde do ACESL.

A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, recorde-se, tem ao dispor dos médicos que possam ter interesse nas vagas do concelho de Salvaterra de Magos habitação, bem como outras regalias nos serviços municipais, esperando que possa ser mais um atractivo para levar os médicos para o concelho.

Recorde-se também que no Espaço Cidadão, a funcionar no edifício dos Paços do Concelho, em Salvaterra de Magos, será em breve aberto o Balcão SNS24, que irá apoiar os munícipes nas tarefas mais simples, como acesso a marcação de exames, medicação e outros, que podem libertar alguns clínicos e funcionários das unidades de saúde.