Greve Nacional de Professores a 2 de Novembro

20 Outubro 2022, 11:14 Não Por Redacção

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Federação Nacional da Educação (FNE), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (SINDEP), Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (SPLIU) anunciam para o dia 2 de Novembro uma Greve Nacional de Professores, como medida reivindicativa de melhores condições para os docentes, entre outras a valorização da carreira docente, o combate à precariedade e a necessidade de promover o rejuvenescimento do sector.

Esta greve foi agendada para o dia em que o ministro da Educação estará na Assembleia da República “para defender o indefensável: o (sub)financiamento da Educação previsto no OE para 2023”, anuncia a FENPROF.

Além de reivindicarem melhores condições para os docentes, a FENPROF entende também que a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2023 confirma o desinvestimento do governo da Educação.

“Justificando a redução da verba orçamentada com a transferência de trabalhadores não docentes para as autarquias, o governo parece esquecer que o financiamento público da Educação é insuficiente, como, aliás, confirmava o recente relatório “Education at a glance”, emitido pela OCDE, que refere que em Portugal o gasto com a educação básica e secundária está cerca de 1500 euros por aluno, abaixo da média dos países daquela organização”, salienta a organização, que acrescenta que sendo acima de 1 300 000 o número de alunos daqueles níveis de ensino, isso significa que seriam necessários mais cerca de 1 950 milhões de euros para se atingir o valor médio do conjunto dos 36 países e mesmo assim não se alcançariam os 6% do PIB que as organizações internacionais recomendam para a Educação. 

Para o organismo de docentes, é este subfinanciamento, que se está a tornar crónico, que impede a melhoria das condições de trabalho nas escolas, a melhoria das condições de aprendizagem dos alunos e, no caso dos profissionais docentes, que impede a tomada de medidas que confiram atractividade à profissão, levando os jovens professores a abandonarem, os jovens que concluem o secundário a não procurarem os cursos de formação de docentes e os mais velhos a ansiarem pelo momento da sua aposentação. 

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