Golegã quer fazer açude para salvar Rio Almonda (com  Fotos)

8 Fevereiro 2024, 12:38 Não Por Redacção

O Município da Golegã, depois de ter realizado em agosto de 2022, uma ação de limpeza do leito do Rio Almonda, que permitiu “devolver” o rio ao troço urbano, pretende instalar um açude, que no seu entendimento ira “salvar” o rio, evitando a sua seca durante o verão.

O rio, que está “intimamente ligado à história e identidade cultural das gentes da azinhaga”, sofre de várias patologias, que o levam a secar completamente em pleno verão, o que levou o Município da Golegã a elaborar um projeto e pedidos de autorização junto da CCDR LVT e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no sentido da instalação de um açude sazonal, que permitisse a manutenção do espelho de água durante todo o ano, “conseguindo-se assim garantir a preservação da biodiversidade deste rio que alimenta a Reserva da Biosfera do Paul do Boquilobo”, bem como permitiria “um desejável armazenamento de água para utilização agrícola, numa região agrícola cada vez mais fustigada por altas temperaturas e escassez de água, culminando ainda num maior aproveitamento do rio em termos de desenvolvimento turístico, com benefício para toda a comunidade.”

Recentemente a APA emitiu parecer desfavorável à instalação do açude,” por alegadamente se desconhecer o impacto que a instalação do açude pode acarretar para a Reserva Natural do Paul do Boquilobo”, situação que o Município e a Agrotejo – União Agrícola do Norte do Vale do Tejo consideram não se verificar, salienta que a APA não apresenta “argumentos, estudos ou evidências, que a instalação do açude poderá colocar em causa o Regime Jurídico da Rede Ecológica Nacional, por causas como a segurança de pessoas e bens, a garantia das condições naturais de infiltração e retenção hídricas ou mesmo a manutenção da fertilidade e capacidade produtiva dos solos inundáveis.”

O Município salienta que mantém a sua pretensão e objetivo de instalação do açude no Rio Almonda, através de uma solução permanente ou amovível, com o único objetivo de manter um espelho de água fundamental para a freguesia da Azinhaga pelos motivos já expostos, o qual tem secado completamente nos últimos anos durante o período estival, com graves consequências para a biodiversidade, agricultura e desenvolvimento económico da comunidade da Azinhaga.

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