Execução do Orçamento de Benavente acima dos 66%. “Atendendo aos condicionalismos…, não são números que nos agradam, mas que serão aceitáveis”, considera Carlos Coutinho

19 Abril 2022, 17:46 Não Por João Dinis

A Câmara Municipal de Benavente aprovou esta segunda-feira, em reunião de câmara a prestação de contas referentes ao ano 2021, que culminou com uma execução orçamental de 66,43%, que Carlos Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Benavente considera serem “valores um pouco abaixo daquilo a que estamos habituados e gostaríamos que fosse mais, porque quando fazemos um orçamento e na perspectiva de o concretizarmos”, justificando que “têm sido tempos muito difíceis do ponto de vista daquilo que é a gestão de tudo aquilo que diz respeito à concretização de empreitadas”, dados os elevados valores que estão a ser praticados, bem como os concursos que ficam desertos. “Hoje é muito complicado quem tem a responsabilidade, que é o caso de uma Câmara Municipal, de dar resposta aos problemas das suas populações e de concretizar um conjunto de objectivos que estão previamente definidos”, enfatiza, demonstrando ainda preocupação com o rumo levado pelas empresas, sobretudo de construção civil, que não conseguem dar resposta às necessidades do país, onde existe um défice de 70 a 80 mil trabalhadores.

O Município de Benavente teve uma receita directa de cerca de 27,4 Milhões de euros, correspondentes a 89,99% da sua receita, dos quais foram executados cerca de 20,6 Milhões de euros do orçamento municipal, correspondendo a 66,43%, levando Carlos Coutinho a considerar que “atendendo aos condicionalismos que são transversais ao país, não são números que nos agradam, mas que serão aceitáveis face a todos os de todo o tempo que vivemos.”

A receita do Município de Benavente foi no ano passado impulsionada pelo Imposto Municipal Sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), que deixou um rendimento de 1,7 Milhões de euros nos cofres da autarquia, que atesta o bom momento que o concelho de Benavente vive em termos económicos.
Nós estamos num momento muito favorável para Benavente no que diz respeito à actividade económica, a necessidade que temos de dar resposta à falta de habitação, muito investimento que está a ser feito e que está a ser programado e que obviamente se faz sentir nestas situações como a questão do IMT, a questão das taxas, etc.”, refere o autarca que ainda assim salienta que “isso para nós não conta para aquilo que deve ser uma gestão equilibrada, porque são receitas sazonais e que de um momento para o outro podem deixar de acontecer.”

Nós temos que nos balizar naquilo que são receitas que tenham um carácter mais fiável para que efectivamente possamos encarar o próximo futuro de acordo com aquilo que nós perspectivamos”, diz, acrescentando que “se efectivamente esta situação de instabilidade mundial não nos afectar muito, creio que continuaremos a ter uma boa perspectiva dinâmica económica, de criação de emprego e aquilo que nós gostaríamos era de mais e melhores condições de vida para a nossa população”, algo que este acredita existirem “condições para isso, embora hoje em dia vivemos uma instabilidade muito forte e devemos ter essa expectativa e essa esperança de que efectivamente não haja grandes alterações, elas vão existir, obviamente já se fazem sentir em todos nós, mas que não seja de forma que ponha em causa este processo que temos vindo a construir”, concluiu Carlos Coutinho.

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