Estudo identifica factores influenciadores do consumo alimentar

2 Janeiro 2023, 9:15 Não Por Redacção

Um estudo realizado pela NERSANT, inserido no projecto de apoio ao empreendedorismo Farm to Fork New Business, permitiu apresentar uma análise prospectiva, identificando os principais factores que influenciarão o consumo alimentar no horizonte 2030.

De acordo com este estudo, até ao final de 2030 é esperado um grande crescimento populacional e o mundo estará concentrado em grandes cidades.
A Europa enfrentará o crescente envelhecimento populacional, ao mesmo tempo que o aprofundamento digital em termos de expansão tecnológica e alargamento dos utilizadores irá enfatizar ainda mais a conexão ao nível da mobilidade e do digital, o que traz oportunidades evidentes para as empresas da cadeia alimentar atingirem maior eficiência produtiva, maior controlo e segurança dos processos.

A falha na acção climática é uma das maiores preocupações mundiais, com a ocorrência de fenómenos climáticos extremos e a perda da biodiversidade, prevendo-se que as consequências da poluição excessiva sejam ainda sentidas em 2030, sendo possível que o limite da subida da temperatura global dos 1,5ºC seja ultrapassado.

Estes acontecimentos estão na base de novos hábitos de consumo e preferências. Os consumidores estarão cada vez mais preocupados com a qualidade dos alimentos, a segurança alimentar e o conteúdo nutricional, bem como as consequências para a saúde das suas decisões de consumo alimentar. Espera-se um consumo mais diversificado de fontes de proteínas, frutas e vegetais não tradicionais, e produtos alimentares altamente processados.

A escassez de tempo para preparação e consumo de alimentos, a diversidade de locais disponíveis para se alimentar ou a periodicidade das suas compras em meios urbanos são condições dos futuros consumidores urbanos a que é necessário responder, com alternativas adaptadas e novas modalidades no modo de comer, que podem incluir novas técnicas de conservação e de preparação, mais itens alimentares “on-the-go”, ou a flexibilização de horários para comer.

Também à medida que os movimentos migratórios se intensificam em várias zonas do globo, com maior diversidade racial e étnica, os tipos de alimentos e a forma como esses são consumidos serão reformulados e a oferta de produtos de todo o mundo será uma realidade cada vez mais evidente. Ao mesmo tempo, na Europa os agregados familiares terão configurações menores, mais indivíduos a viverem sozinhos e mais casais sem filhos e famílias monoparentais, o que levará a uma maior predisposição ao consumo de alimentos em formatos de embalagens mais reduzidas ou venda a granel, que tendam a evitar desperdícios.

Estas realidades têm um impacto evidente em todas as fases da produção e distribuição de alimentos, pelo que devem ser observadas pelos actuais e futuros empresários do sector. A NERSANT espera, assim, apoiar os empreendedores na definição de produtos e serviços alinhados com estas tendências, precavendo que o seu posicionamento estratégico está enquadrado nos vectores que moldarão o futuro do consumo alimentar no horizonte 2030.

Pode consultar o estudo através no endereço eletrónico https://farmtofork.nersant.pt/.

_________________

____________________