Empresa intermunicipal de transporte de passageiros vai contar com 146 meios de transporte

8 Março 2024, 11:18 Não Por André Azevedo

A nova empresa intermunicipal que operará os transportes públicos da Lezíria do Tejo está cada vez mais perto de entrar em operação. Depois de já ter sido aprovada a sua criação em assembleia da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, o projecto está agora a figurar nas agendas das reuniões dos executivos dos 11 municípios que integram a CIMLT.

Na manhã desta quinta-feira, 7 de Março, foi apresentado o projecto aos vereadores da Câmara Municipal de Alpiarça, que aprovaram por maioria, a criação da empresa pública.

A nova empresa intermunicipal vai contar com 146 meios de transporte que se dividem em sete carrinhas de transporte, 12 minibus, 105 autocarros interurbanos, 14 para transporte turísticos e oito urbanos (a funcionar na cidade de Santarém). A nova frota será adquirida no início das operações na condição de usado, com uma idade média de 11 anos e será renovada a partir de 2030. Para conduzir os autocarros está prevista a contratação de 183 motoristas.

A presidente da autarquia, Sónia Sanfona, explicou que devido às avultadas compensações que a CIMLT se viu obrigada a pagar aos dois operadores (Ribatejana e Rodoviária do Tejo) devido à quebra de rendimentos durante o período de pandemia, foi realizado um estudo de viabilidade financeira que indicava que seguir o rumo de criar uma empresa intermunicipal seria a solução mais viável.

A nova empresa intermunicipal terá um capital social público de 100% na ordem dos 2.1 milhões de euros, divido proporcionalmente pelos 11 municípios e pela própria CIMLT. A empresa vai ainda contrair dois empréstimos, um de longo prazo de cinco milhões de euros e outro de curto prazo no valor de 2.5 milhões de euros. Prevê-se ainda um aumento de capital para o segundo ano de actividade.

Prevê-se ainda que as operações mantenham a mesma oferta de transporte, significando que as rotas se mantém as mesmas, percorrendo, anualmente, 4.57 milhões de quilómetros com uma taxa de 10 por cento de vazio, ou seja, 457 mil quilómetros que os autocarros vão percorrer sem passageiros.

Para 2025 estima-se uma receita de 8.47 milhões de euros, provenientes 3.5 de receita de bilheteira, 2.5 dos passes da comunidade, 440 mil euros dos passes da CIMLT, 370 mil dos trajectos especiais, 1.44 milhões do Programa de Apoio à Redução Tarifária e 170 mil euros das condições especiais para os menores de 23 anos.

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