Edgar Santos tem dedicado vida a dar vida às associações dos Foros de Salvaterra

5 Abril 2024, 12:38 Não Por João Dinis

Se nos Foros de Salvaterra perguntarmos, sobretudo à geração mais velha, quem é o Edgar Santos, serão poucos os que no imediato responderão, mas se questionarmos se viram o “Barraca”, falar-nos-ão do seu avô e seu pai.

Com 40 anos, Edgar Santos tem passado a vida a “dar vida” às associações do concelho de Salvaterra de Magos. Apesar de ainda jovem já passou pelo Grupo Desportivo Forense, Comissão de Festas, Grupo Motard Slick e Piton e tem ainda tempo para ser bombeiro especialista, na categoria de mergulhadores, nos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos.

Pelo meio, Edgar Santos, acumula ainda funções de tesoureiro no executivo da União de Freguesias de Salvaterra de Magos e Foros, e trabalha, agora, no apoio à vereação na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.

Para Edgar “tudo começou com a minha família ter estado sempre ligada às associações”. “Eu tinha três anos e a acompanhar o meu pai numas festas dos Foros de Salvaterra parti um pé”, relembra.

A alcunha “Barraca”, surge daí mesmo, “o meu avô era o cozinheiro da barraca das festas, e daí recebeu a alcunha, que depois foi passando de geração em geração”, mas “o que é facto é que não me lembro de não estar sempre envolvido nas festas, seja na comissão ou a ajudar”, diz com orgulho.

Aos seus 40 da idade, Edgar Santos começou desde muito jovem a integrar a Comissão de Festas e as coletividades dos Foros de Salvaterra, algo que surgiu “pelo exemplo que a família foi dando ao longo dos anos”, “a tua família está sempre metida nas organizações e acabas também por entrar nelas e trabalhar com gosto”, enfatiza.
”Eu era miúdo e já acompanhava meus pais e a minha irmã dentro de uma alcofa”, afirma.

Lamentando que cada vez mais seja complicado encontrar jovens dispostos a organizar as festas ou a pegar numa associação, “porque a sociedade também mudou”, Edgar recorda que “agarrei na bandeira da festa com 25 anos”. “Hoje é cada vez mais difícil encontrar pessoas que possam fazer os peditórios, antigamente apareciam facilmente 40 pessoas”, exemplifica.

Esta dedicação aos Foros de Salvaterra foi adquirida desde sempre, “o meu pai era o responsável pelo Campo do Forense, e era normal ir ajudá-lo”, recorda, considerando que foi depois com normalidade que foi “treinador e presidente” do clube.

“Eu digo que gosto de fazer pelos Foros, sou foreiro e gosto de trabalhar pelos Foros”, afirma com orgulho, o atual Presidente do clube motard Slick e Piton, que tem dinamizado diversas iniciativas e levado o nome dos Foros de Salvaterra a todo o país, pois é com regularidade que sócios do clube se deslocam a concentrações e outras iniciativas motards.

Paixão pelo mergulho levou-o para os Bombeiros

Gosto muito de mergulho e um dia pensei em oferecer a minha ajuda aos bombeiros, eles aceitaram e desde aí tenho integrado a secção de especialistas dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos”, diz-nos.
Com regularidade Edgar Santos integra o corpo de bombeiros nas buscas ou exercícios que estes efetuam em toda a região.

Chegada à Junta de Freguesia foi feita com naturalidade

Com uma forte presença por diversas coletividades dos Foros de Salvaterra, o convite para integrar o executivo liderado por Manuel Bolieiro, acabou por acontecer naturalmente.
“Estamos no Executivo, vai fazer quase 12 anos”, diz-nos, afirmando que é com orgulho que integra o executivo, o que lhe permite “fazer pela terra”, algo que diz “gostar muito”.

Nos últimos mandatos o executivo “com um orçamento que é sempre curto” tem conseguido ainda assim algumas conquistas. “Vamos agora inaugurar o Campo de Padel, mas temos outras obras, o Monumento ao Trabalhador Rural, termos conseguido um novo e moderno Centro Escolar, um sintético para o Campo da Pedrinha e agora, entre muitas outras obras, a Área de Lazer e o alargamento do Cemitério da Freguesia, tudo isto possível porque somos uma verdadeira equipa entre a Câmara e a Junta de Freguesia”, salienta.

Edgar vê com naturalidade a chegada à Presidência da Junta. “Não escondo que gostava”, considerando que “era a sequência natural ao Presidente Manuel Bolieiro”. “Agora depende da equipa que me apresentarem e se eu considero que reúne condições para dar continuidade ao trabalho que temos feito até aqui, mas nunca escondi esse desejo, de um dia ser Presidente da Junta”.

“Eu sou uma pessoa do povo e dou-me bem com toda a gente, não tenho inimigos e é mesmo um gosto, um gosto enorme poder fazer pelos Foros”, conclui com visível orgulho.

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