Coruche: Câmara apresenta livro histórico no sábado

15 Fevereiro 2023, 8:52 Não Por Redacção

A Câmara Municipal de Coruche apresenta no próximo sábado, 18 de Fevereiro, o livro “Os marcos da Lamarosa: memória de um antigo concelho”, uma obra editada pelo Museu Municipal da autoria de Gonçalo Lopes e apresenta um estudo dos marcos de delimitação geográfica da Lamarosa, resgatando parte importante da memória destas terras e das suas gentes.

“Os marcos da Lamarosa: memória de um antigo concelho” reflete aspetos e factos históricos centrais da localidade, mas muito particularmente do seu património edificado, assumido na forma de elementos de natureza física, geográfica e até antrópica na delimitação de propriedades – padrões esculpidos em pedra lioz, fincados verticalmente no solo há quase 400 anos pela necessidade de afirmação simbólica de poder, associada à possessão territorial e aos consequentes direitos emanados”, anuncia o Município de Coruche, referindo que a obra será apresentada em cerimónia a decorrer na Casa da Cultura da Lamarosa, a partir das 15.30 horas.

De acordo com a autarquia, a obra pretende mostrar o importante estudo de Gonçalo Lopes que os marcos da Lamarosa sobreviveram para nos contar também a História das suas gentes, em particular de Brás Teles de Meneses e da sua descendência, uma vez que, já antes de 1627, os marcos delimitavam a sua propriedade.
Ficamos ainda a conhecer, com cativantes detalhes biográficos, a história intrincada de heranças, sucessões, relações familiares e legalistas, direitos senhoriais e até espionagem – uma história iniciada em 1632 com a petição enviada por Brás Teles de Meneses ao então rei Filipe III, que concedeu uma carta que elevava o lugar da Lamarosa a vila e a respetiva jurisdição a Brás Teles de Meneses em 1633, enquanto conde da localidade.

As fronteiras demarcadas pelos marcos da Lamarosa desvelam-nos realidades passadas que nos mostram o que somos hoje. Se, por um lado, as linhas imaginárias separam e impõem barreiras em espaços nem sempre geograficamente diferenciados, por outro lado representam portas de entrada e de contacto onde, apesar das contendas de fronteira, sempre coexistiram encontros e oportunidades.

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