Contadores de Espanha, Gâmbia, Brasil e Portugal levam histórias aos distritos de Leiria e Santarém

Seis contadores participam no Encontro Internacional de Contadores de Histórias, que decorre entre segunda-feira e dia 16 de fevereiro em Leiria, estendendo-se também à Batalha, Marinha Grande e Santarém.

Soledad Felloza, de Espanha, Ebrima Mbye, da Gâmbia, Fábio Supérbi, do Brasil, e os portugueses Cristina Taquelim, Estefânia Surreira e Bru Junça são os convidados para a 10.ª edição do encontro, organizado pelo grupo de teatro O Nariz.

Os primeiros cinco dias do Encontro Internacional de Contadores de Histórias são dedicados às escolas, levando a tradição oral a cerca de mil alunos, professores e educadores, desde as creches ao ensino secundário e cursos profissionais. 

Depois, nos dias 15 e 16 de fevereiro, a iniciativa abre portas ao público. Primeiro há uma sessão de contos no Teatro Miguel Franco, em Leiria, com Ebrima Mbye, Cristina Taquelim, Soledad Felloza e Estefânia Surreira. 

No dia 16, no mesmo palco, Fábio Supérbi apresenta “Alguma coisa”, uma história recolhida pelo contador e adaptada a teatro de marionetas.

“A transmissão oral é fundamental para a preservação da cultura, identidade e memória de um povo. Contar histórias, mitos, lendas e conhecimentos tradicionais permite que gerações futuras tenham acesso à sabedoria acumulada ao longo do tempo”, defende o grupo de teatro, com sede em Leiria.

Num tempo em que “a globalização e a predominância da comunicação digital ameaçam muitas tradições orais”, o Encontro Internacional de Contadores de Histórias procura “preservar essas tradições”, de forma “a manter a diversidade cultural e garantir que saberes ancestrais não são esquecidos, através do incentivo ao ensino dessas narrativas nas comunidades escolares”, acrescenta O Nariz.