Combate à desertificação do Estuário do Tejo une entidades em Vila Franca de Xira

A Quinta Municipal do Palácio do Sobralinho, em Vila Franca de Xira, recebeu esta terça-feira a apresentação do Projeto StopDeserTejo, que une a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Companhia das Lezírias e Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira no combate à desertificação do Estuário do Tejo.

A apresentação do projeto esteve a cargo dos responsáveis máximos da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, da Companhia das Lezírias, António Silva e da Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, Catarina Madaleno.

O Projeto StopDeserTejo – Operações Participadas de Combate à Desertificação no Estuário do Tejo visa, através das suas ações, combater a desertificação com a beneficiação e restauro de ecossistemas mediterrânicos na Zona de Proteção Especial (ZPE) do Estuário do Tejo e em área de Rede Ecológica Nacional (REN) com risco elevado de erosão hídrica do solo, contando para isso com uma dotação orçamental de 1 Milhão de euros, comparticipado a 100% por fundos comunitários do programa COMPETE 2020.

Entre os principais objetivos do projeto encontram-se a preservação da regeneração natural e adensamento do montado, incrementando o conhecimento sobre as melhores práticas, em sistema silvopastoril na Charneca do Infantado, no concelho de Benavente e beneficiação e restauro dos povoamentos florestais da Aguieira, Subserra e Sobralinho, no concelho de Vila Franca de Xira.

Também o restauro ecológico de flora autóctone nas lagunas costeiras do EVOA e na margem ribeirinha mais urbanizada do concelho de Vila Franca de Xira, com vista a melhorar a qualidade e funcionalidade do solo e da sua biodiversidade é uma das prioridades do programa, que acrescenta ainda a recuperação de áreas agro-pastoris salinizadas, por via da melhoria da qualidade e disponibilidade de água doce no Aproveitamento Hidroagrícola da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira – Lezíria Sul, aumentando a sua resiliência em períodos de seca prolongados.

Para as três entidades não há dúvidas que é necessária uma intervenção urgente no Estuário do Tejo, sobre o risco deste se perder, sendo para isso necessária e urgente uma intervenção, não só que melhore as condições existentes, como também uma “educação da população para a transição climática”.

O projeto reparte-se pelas três entidades, com a Companhia das Lezírias a investir a maior fatia do programa, cerca de 450 mil euros, cabendo 295 mil euros aos projetos do Município de Vila Franca de Xira e cerca de 250 mil euros à Associação de Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira.