CGTP-IN exige salário mínimo imediato de 850 euros para trabalhadores da Monliz

5 Julho 2023, 13:29 Não Por Lusa

A coordenadora da CGTP-IN exigiu em Alpiarça (Santarém) a atualização “imediata” do salário mínimo para 850 euros para os cerca de 200 trabalhadores da empresa Monliz, que hoje cumprem um dia de greve para reivindicar melhores condições de trabalho.

“Viemos dar confiança aos trabalhadores e dizer que com a luta nós vamos conseguir objetivos na sua reivindicação, justíssima, do salário mínimo na empresa de 850 euros, mas também da negociação do contrato coletivo de trabalho e do caderno reivindicativo que apresentaram e que a empresa se tem recusado a negociar”, disse hoje à Lusa Isabel Camarinha em Alpiarça, onde esteve com os trabalhadores em greve da empresa Monliz, empresa de transformação de produtos hortícolas congelados.

Segundo a dirigente sindical, a sua presença na greve visa dar “alento” aos trabalhadores e reforçar a “exigência dessa negociação” com a empresa, tendo apelado aos administradores da Monliz que “dialoguem e negoceiem com os trabalhadores as suas reivindicações e deem resposta aos seus anseios e aos seus problemas”, numa mensagem que estendeu “a todos os trabalhadores” do país “que estão em luta por melhores condições de vida e de trabalho”.

Convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Alimentar, os trabalhadores da empresa do Grupo Ardo cumprem hoje um dia de greve para exigir aumentos salariais, a negociação da contratação coletiva para o setor do frio, 25 dias de férias, 35 horas semanais e a negociação do caderno reivindicativo para 2023.

Marcos Rebocho, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Alimentar (STIAC), disse à Lusa que a greve “atingiu os 50% de adesão no turno da noite e da manhã, paralisando metade das linhas de produção”, e que o turno da tarde “vai ter uma adesão de 80%” dos trabalhadores de uma empresa que conta com 200 funcionários a tempo inteiro e cerca de uma centena de forma sazonal.

O dirigente sindical disse ainda que o caderno reivindicativo entregue à empresa exige “um aumento com efeitos imediatos de 70 euros” dos salários médios (de 780 para 850 euros), a par da “negociação da contratação coletiva para o setor do frio”, que está “sem atualização desde 2003”, e o “cumprimento dos horários de laboração contínua”, nomeadamente dois dias de folga consecutivos e um fim de semana por mês.

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