Captar indústrias de alto valor acrescentado pode ser solução para crescimento económico português

24 Junho 2024, 12:21 Não Por André Azevedo

Para conseguir crescer economicamente Portugal precisa de atrair indústria de alto valor acrescentado, segundo Álvaro Beleza, presidente do Conselho Coordenador da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, referiu na sessão que a associação realizou a 20 de Junho, na Casa do Campino, em Santarém.

“Portugal precisa de um ambiente para quem queira ser empreendedor, investir e criar empresas”, afirmou Álvaro Beleza, que define como principais indústrias de alto valor acrescentado a indústria da aviação, automóvel, militar, farmacêutica e naval.

Para captar este tipo de indústrias, segundo Álvaro Beleza, é necessário criar condições fiscais convidativas à instalação de empresas estrangeiras. O presidente do Conselho Coordenador da SEDES usou como exemplo a Irlanda, referindo que teve a capacidade de ser o elo de ligação entre Estados Unidos e Europa.

Outro exemplo dado por Álvaro Beleza para sustentar a necessidade de atrair este tipo de indústrias foi o da Novo Nordisk, que com uma faturação de 30 mil milhões de euros por ano, impulsiona sozinha o crescimento económico da Dinamarca, onde a empresa está instalada.

Aumento da imigração é uma oportunidade e não um flagelo

Segundo Álvaro Beleza, Portugal tem em mãos uma oportunidade com o aumento da imigração que se tem sentido nos últimos anos.

“Há quem diga que Portugal tem imigrantes a mais. Não temos, precisamos de mais”, vinca, tomando como exemplo os Estados Unidos da América, que diz viver dos emigrantes há 250 anos.

Relembrou ainda um sócio do avô, um industrial americano que lhe disse que a maior riqueza dos EUA são os imigrantes que procuram a “terra das oportunidades”.

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