Câmara de Benavente apela ao civismo em campanha que recorda que a “rua é a casa de todos”

A Câmara Municipal de Benavente irá lançar em breve uma campanha que tem como principal objectivo apelar ao civismo dos cidadãos, lembrando a todos que a “rua é a casa de todos”, pelo que todos temos o dever de a cuidar e de evitar comportamentos que a deixem suja, vandalizada e desordenada.

A autarquia sentiu necessidade de lançar uma campanha que apela ao civismo e bons comportamentos ambientais dos cidadãos do concelho, depois de receber inúmeras queixas e denúncias de actos praticados por munícipes que desrespeitam o bem-estar de todos. Seja por deixarem os lixos a céu aberto, depositarem resíduos fora dos lugares ou vandalizarem o espaço público, muitos são os actos que deixam a rua, a “casa de todos”, poluída.

Para Carlos Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Benavente, “este é um problema que é generalizado nos diversos municípios e nas partilhas que fazemos todos”, pelo que “tem que haver uma capacidade de resposta para dar o exemplo.”

Em Portugal há uma questão cultural, que para o autarca, “está muito longe daquilo que deveria de acontecer e que é exigido”, dando o exemplo dos países mais desenvolvidos, onde “o lixo é retido em casa durante muitos dias e as pessoas têm que ficar com ele até que seja recolhido nos meios próprios”. “Aqui nós temos o hábito de depositar sempre o lixo todos os dias, e algum dele, se não fica no contentor, fica à beira do contentor e é e é muitas vezes também depositado a esmo, sem qualquer controlo”, o que leva a que exista um grande esforço da autarquia na recolha de resíduos, que também se reflecte nos custos para o município.

Em Benavente existem diversos circuitos para a recolha de resíduos, cinco delas só para a recolha de monos, ainda que essa seja uma tarefa ingrata, “os trabalhadores passam e limpa, e passado uma hora se voltarem a passar volta a estar tudo sujo”, lamenta o autarca, que afirma que “é preciso criar regras”, que cumprem à Câmara Municipal fazer cumprir, pois não pode bastar os meios para a limpeza, “sendo uma área que é da nossa responsabilidade, criar e impor as regras necessárias para que efectivamente esta expressão, que eu acho que é feliz, que a rua é a casa de todos nós, passe a ser uma realidade e que seja um espaço onde todos nós possamos estar identificados e obviamente não permitir que a imagem do lixo, a esmo possa acontecer.”

Apesar de considerar esta missão de consciencialização das pessoas uma tarefa “exigente”, o autarca afirma que “é necessária uma campanha de sensibilização, de podermos junto daqueles que são mais capazes de receber a notícia e de a transmitir, a nossa população escolar, que tem muitas vezes uma consciência diferente, de podermos ir por aí, de obviamente fazer chegar a todos, esta mesma comunicação e esta mensagem importante”.

“Depois, obviamente, temos também de ter medidas punitivas para aqueles que não cumprem”, diz-nos ainda, concluindo que “primeiramente, é necessário também que a Câmara esteja em condições de cumprir cabalmente com a sua função”. “Eu acho que temos vindo a dar passos nesse sentido, nós temos as coisas organizadas e julgo que a maioria da população se revê nestas preocupações e que seguramente também ficaria satisfeita se efectivamente conseguíssemos alterar o estado da situação, a bem de todos.”