Ana Infante deixa administração do Hospital de Santarém
29 Janeiro 2024, 19:27Quase seis anos depois de ali ter entrado, em agosto de 2018, Ana Infante irá abandonar o cargo de Administradora do Hospital Distrital de Santarém, e agora também da Unidade Local de Saúde da Lezíria.
O anúncio foi feito oficialmente esta segunda-feira, através de comunicado, onde Ana Infante anuncia que “termino a missão que assumi, devendo ser substituída por quem, na visão estratégica da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), melhor possa responder aos anseios e desafios que o SNS tem para com esta população.”
Ana Infante faz depois um balanço do trabalho desenvolvido, salientando que “as dificuldades foram grandes, mas as realizações muito mais significativas e gratificantes!”
Destacando “a conclusão das obras do Bloco Operatório Central e de Partos”, aquando da sua chegada, Ana Infante considera que “respondemos de forma efetiva à pandemia COVID 19 utilizando todos os recursos humanos, financeiros e estruturais disponíveis”.
“A nível organizativo, área importante para a concretização dos objetivos a que nos propusemos, é de salientar a criação do Gabinete de Comunicação e Imagem, o Gabinete de Formação e o Gabinete de Investigação Clínica.”
A até aqui responsável pelo Hospital Distrital de Santarém recorda ainda a reorganização do sistema administrativo da unidade e a proximidade com instituições de ensino.
Ana Infante salienta ainda o aumento das consultas, bem como a redução da lista de espera da área cirúrgica, “com exceção da Ortopedia, muito devido à grande carga de traumatologia na região”, bem como a criação dee novas especialidades médicas, nomeadamente a Cirurgia Torácica, Neurorradiologia, Reumatologia, Cirurgia Plástica e Imunoalergologia;
“Num contexto de dificuldades financeiras, com muitas restrições devidas ao evidente subfinanciamento crónico, foi possível ter uma gestão financeira eficiente que permitiu diminuir o prazo médio de pagamento a fornecedores para 110 dias (bem inferior ao que encontrámos no início do nosso mandato) e concluir o ano de 2023 com um EBITDA previsto na ordem dos 10 ME negativos, valor que nos coloca numa posição privilegiada no confronto com os restantes Hospitais de referência”.
“De 2018 a 2023 investimos cerca de 25 milhões de euros: em infraestruturas, num hospital com quase 40 anos de existência nomeadamente: na pintura do edifício, rede de águas, quadro elétrico, elevadores, enfermarias, na requalificação dos Serviços de Medicina Física e Reabilitação, Unidade de Cirurgia de Ambulatório, da Unidade de Cuidados Intensivos, Anatomia Patológica e na construção do Gabinete Médico Legal da Comarca de Santarém (pronto a inaugurar); em equipamentos médicos; em tecnologias da informação e informática – remodelação da Rede Informática, desmaterialização do papel, criação da aplicação “MyHDS – Hospital Digital” e implementação dos Quiosques Interativos”, destaca igualmente.
Para a administradora, a ULS Lezíria, cujo Plano de Negócios e Plano de Desenvolvimento Organizacional foi elaborado em conjunto entre o HDS e o ACES, apresenta um enorme potencial na melhoria da resposta assistencial às 200 000 pessoas que serve.
“Temos a noção de termos dado o nosso melhor, de termos cá estado, todos os dias, com sentido de missão e com o recurso a todas as nossas capacidades”, conclui, deixando “uma palavra final de gratidão e apreço a todos os colaboradores do HDS que, muitas vezes em condições de grande adversidade e dificuldade, tudo fizeram para dar mais e melhores cuidados de saúde aos nossos concidadãos.”