A aldeia avieira das Caneiras é “um diamante em bruto que precisa de ser lapidado do ponto de vista do potencial turístico”, afirmou o presidente da Câmara de Santarém, João Leite, à margem da apresentação pública do Festival Raízes Vivas, que vai decorrer precisamente na aldeia, a 27 de setembro.
Um dos grandes problemas da aldeia piscatória escalabitana, e que é transversal a todas as da região como a Palhota no Cartaxo ou o Porto da Palha na Azambuja, é a falta de legalização das habitações construídas, já que estas aldeias se encontram em zona de leito de cheia, e segundo as normas da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) não é permitida a construção de habitação nestes locais. Ainda assim o autarca garante que “é um handicap grande do ponto de vista do ordenamento do território que vamos conseguir vencer”.
O objetivo será conseguir legalizar as construções e infraestruturas que constituem a aldeia para “conseguir ter maior proveito e exploração positiva do ponto de vista de atratividade”. O autarca define a aldeia das Caneiras como uma “jóia do nosso concelho pela sua beleza, pelo impacto que tem no facto de estar junto ao rio Tejo e pela beleza das suas habitações”.
João Leite aponta ainda à criação de um circuito turístico que passe pelo Centro Histórico da cidade, como um passeio de charrete que após passar no coração da cidade desce pelas Ónias e culmina nas Caneiras para “desfrutar de uma fataça na telha da Tia Lúcia”.
“É um produto turístico que pode e vai ser aprofundado do ponto de vista do desenvolvimento económico para o nosso concelho”, conclui o autarca.