Águas do Ribatejo é parceiro estratégico da Iniciativa Tejo

A Águas do Ribatejo é um dos parceiros estratégicos do projeto Iniciativa Tejo, que ao longo de três anos vai implementar medidas que contribuam para gestão sustentável dos recursos hídricos da Lezíria do Tejo, numa iniciativa da Associação Natureza Portugal (ANP) e da Organização Não Governamental WWF (World Wide Fund For Nature).

Responsável pela captação, transporte, tratamento e distribuição de água para consumo humano nos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca, Coruche e Salvaterra de Magos, que integram a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) e Torres Novas, no médio centro, a empresa intermunicipal trata também as águas residuais duma população de 140 mil pessoas que vivem e trabalham nestes municípios. Esta água após tratamento eficaz é devolvida ao ciclo urbano da água através das linhas de água que correm para o Tejo e Almonda.

A ANP|WWF justifica a iniciativa centrada no Tejo por ser uma zona “que se reveste da maior importância por cobrir um dos aquíferos mais significativos da Península – o TejoSado –, que fornece a maior parte da água doce usada nas atividades da região, incluindo a agricultura e o abastecimento urbano e industrial”.

A Iniciativa Tejo “pretende envolver todas as partes interessadas – consumidores, agricultores, produtores, industriais, pescadores, administração pública central e regional e centros de investigação – para que, em conjunto, possam conhecer os riscos de exploração dos recursos hídricos regionais, encontrar soluções para os mitigar e alavancar benefícios socioeconómicos e ambientais de uma gestão sustentável dos recursos”, sublinha a ANP|WWF.

Francisco Oliveira, Presidente da Águas do Ribatejo EIM, explica que “esta participação surge na sequência do envolvimento da Águas do Ribatejo nas comissões técnicas da APDA (Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas) e num conjunto de projetos de investigação e inovação nacionais e internacionais em parceria com universidades e a comunidade científica”.

O gestor que é também Presidente da Assembleia Geral da APDA e da Câmara Municipal de Coruche destaca a vantagem de unir todos os atores que utilizam a água seja para consumo doméstico, industrial, agrícola ou em atividades de lazer.

Segundo a ANP/WWF, a comunidade local “será um elemento-chave para a implementação destas soluções, estando programadas ações de educação ambiental e capacitação para a intervenção ativa nas decisões políticas e o envolvimento em processos participativos”, acrescenta.

Ruben Rocha, Coordenador de Água da ANP|WWF, sublinha que “a gestão sustentável dos recursos hídricos é um dos temas mais complexos, principalmente num país como Portugal, onde a escassez de água é uma realidade. Proteger os recursos hídricos do Baixo Tejo requer o envolvimento de um vasto leque de entidades, instituições, sociedade civil e um empenhado esforço de todas as partes envolvidas. Este projeto é a prova deste esforço concertado”

A Iniciativa Tejo tem a duração de 36 meses, o primeiro ano é dedicado à criação de um Fórum com os principais intervenientes regionais da água (decisores, utilizadores e influenciadores) que procuram soluções para a gestão sustentável dos recursos de água doce no Baixo Tejo.

No segundo e terceiro anos, pretende-se desenvolver um projeto piloto para reduzir a contaminação e sobre captação dos recursos hídricos subterrâneos do aquífero Tejo-Sado, definindo um mecanismo de compensação dos agricultores/proprietários envolvidos, a monitorização quantitativa dos volumes de água utilizados e a análise dos parâmetros de qualidade.