Santarém quer construir polo cultural para acolher espetáculos de grande dimensão
17 Outubro 2024, 22:16A Câmara de Santarém quer construir um Polo Cultural, Criativo, Conhecimento e Memória Coletiva que permita receber e desenvolver espetáculos de grande dimensão, disse à Lusa o vereador com o pelouro da Cultura, Nuno Domingos.
“Este é um espaço que a cidade precisa. Estamos a falar de um equipamento com capacidades técnicas para desenvolver espetáculos de dança, teatro e orquestra de grande dimensão”, explicou o vereador.
Segundo Nuno Domingos, esta infraestrutura é necessária uma vez que Santarém, atualmente, dispõe de uma sala de espetáculos municipal, o Teatro Sá da Bandeira, que tem uma baixa capacidade de lotação e um palco de reduzidas dimensões, o que não lhe permite receber espetáculos de maior dimensão.
Nesse sentido, já foi elaborado um programa preliminar deste equipamento, que o vereador admite que é “ambicioso”, e que se encontra ainda numa fase prematura, não estando determinado qualquer tipo de prazos ou o investimento necessário para a sua construção.
De acordo com o programa preliminar deste equipamento, consultado pela Lusa, o polo será constituído por um auditório com 700 lugares, um palco com pelo menos 14/16 metros de largura por 13/14 metros de profundidade e ainda as respetivas salas técnicas, administrativas e artísticas.
O polo prevê igualmente a construção de um conjunto de espaços e áreas funcionais como uma biblioteca, uma livraria e uma galeria de arte.
No que diz respeito à biblioteca, o vereador sublinha a necessidade de ter uma sala de leitura “moderna e contemporânea”, “que responda às necessidades dos dias de hoje”.
Assim, a intenção passa por construir uma biblioteca que permita a utilização de “tecnologias atuais e emergentes” e que “proporcione experiências culturais, criativas e de lazer”.
Já no que se refere à galeria de arte, este espaço deverá ter entre 700 a 900m2, permitindo albergar um “ateliê para artistas” e “exposições diversificadas de maior dimensão”, referiu Nuno Domingos.
Esta galeria, sustenta o vereador, “é muito importante”, uma vez que Santarém, apesar de ter algumas salas para pequenas exposições genéricas, não tem nenhum “espaço expositivo”.
O polo prevê ainda uma sala de ‘cowork’ e um espaço MAKER, para abordar questões de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática; um espaço Memória destinado a exposições de cariz local e temáticas de longa duração; um espaço de Experimentação Gastronómica com aulas e ‘workshops’ de cozinha e um espaço de bar-cafetaria, com refeições e concertos.
Esta infraestrutura, de acordo com o documento, deverá estar localizada “numa zona central, com acesso a estacionamento adequado e com transportes públicos” e com “uma arquitetura aberta, que possa “convidar” as pessoas a entrar e usufruir ou fruir, de forma a poder ser uma ferramenta de coesão social e cultural da comunidade deste território”.
Apesar deste projeto ainda estar numa fase inicial, o vereador explica que este equipamento deverá ter um espaço de acolhimento único, com um grande hall de entrada a partir do qual se possa aceder aos diferentes espaços culturais.
“A intenção é ter um espaço comum de acolhimento para todas as pessoas. Um pouco à semelhança do que existe na Gulbenkian, um espaço que permita comprar bilhetes de teatro, aceder à biblioteca ou ir à galeria de arte”, explicou o vereador.