Diretores demissionários desmentem presidente da associação dos Bombeiros da Golegã
17 Outubro 2024, 10:27Os elementos demissionários da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Golegã emitiram um comunicado a desmentir as declarações que Mário Rodrigues, presidente deu à LUSA e que foram replicadas pelo NS, em relação aos motivos que levaram à queda da direção da associação.
Mário Rodrigues justificou as demissões dos diretores à agência LUSA com “crispações com o comando”, bem como a falta de profissionalismo na própria gestão do corpo de bombeiros.
No documento, datado de 16 de outubro, os diretores repõe a verdade afirmando que as demissões têm como motivo o “absoluto desacordo com decisões e comportamentos do Sr. Presidente da Direcção”, garantindo ainda que não saem em ruptura com a estrutura de comando, liderada por Oriana Brás.
A relação entre comando e direção só era azeda com Mário Rodrigues, que segundo o NS apurou, para além de fazer a gestão financeira da associação, tentou sempre tomar as rédeas do que era a gestão operacional dos elementos da corporação, competência exclusiva da estrutura de comando.
Em declarações ao NS, Augusto Gonzaga, que ocupava a cadeira de vice-presidente da associação, revela que as demissões advém de um culminar de situações.
“Suportámos muita coisa até não nos ser possível aguentar mais”, vinca o ex-vice-presidente que deixa ainda acusações de prepotência a Mário Rodrigues. Segundo o vice-presidente demissionário, o dirigente máximo da associação tomou várias decisões sem consultar a restante administração.
O NS sabe que a gota de água foi quando Mário Rodrigues quis despedir uma funcionária sem um motivo de justa causa para o fazer.
Troca de galhardetes no 80.º aniversário já indicava mau ambiente
A relação azeda entre o presidente da direção da AHBVG e a comandante da corporação não é recente. Durante as celebrações do 80.º aniversário da corporação, em julho de 2023, protagonizou-se uma “troca de galhardetes” durante as intervenções na cerimónia solene.
Mário Fernandes, quase em jeito de ameaça, referiu que quem não apanhasse o “comboio da modernidade” arriscava-se a cair dele. Já a comandante Oriana Brás dirigiu-se às vozes críticas da operacionalidade dos bombeiros como “potes de fumo lançados por interesses externos”.