Joaquim Catalão afirma que “As Juntas de Freguesia fazem algumas coisas muito melhor que as câmaras”

18 Outubro 2024, 11:12 Não Por André Azevedo

Joaquim Catalão já não era um estreante nas andanças políticas quando foi eleito pelo Partido Socialista para liderar os destinos da Junta de Freguesia de Almeirim, em 2013. Durante duas décadas elencou, ao lado de Joaquim Sampaio, o executivo daquela junta, como secretário e braço direito do líder socialista.

Nascido e criado em Almeirim, tem um percurso que é muito tradicional na terra – aquando da sua juventude laborou na fábrica da COMPAL, à semelhança de muitos outros jovens ao longo das décadas. Com 18 anos integrou o corpo de bombeiros voluntários da cidade, e foi aí que travou amizade com o seu “mentor político”. Dez anos mais tarde era convidado a integrar a equipa que liderou a junta nas duas décadas seguintes. A par da atividade política, licenciou-se em gestão de recursos humanos e foi proprietário de uma empresa ligada aos serviços de segurança e prevenção de incêndios.

O NS foi conhecer o atual presidente da Junta de Freguesia de Almeirim que chegou a considerar deixar as lides políticas por um projeto além-mar, mas optou por se manter na terra que o viu nascer e crescer após ser convidado a encabeçar a corrida à Câmara Municipal nas eleições autárquicas.

N.S: O que o motivou a entrar na vida politica e aceitar o convite do Presidente Joaquim Sampaio?

J.C: A minha ligação à política já vem do meu pai. O meu pai fez parte da Junta de Freguesia de Almeirim, na Assembleia de Freguesia. Eu recordo-me, muito miúdo, de ir com o meu pai a um comício em Santarém onde o Mário Soares era candidato a Primeiro-Ministro. Foi na Praça de Toiros Celestino Graça. E, portanto, desde muito cedo vi me envolvido na política através do meu pai. Depois, o conhecimento com o Joaquim Sampaio já existia. Mas aprofundou se na Associação dos Bombeiros Voluntários de Almeirim, que ele fazia parte da direcção e como eu dava assistência na parte administrativa, acabámos por criar ali uma grande amizade e acabou por me convidar para vir para o Executivo e portanto aqui foi uma ligação mais profunda ao Partido Socialista. Tornei me militante na altura e depois, a partir daí, foi todo um percurso dentro sempre do Partido Socialista. Ocupei vários cargos a nível do partido, a nível local e até também depois a nível distrital. Tive na Comissão Política durante vários anos e portanto foi sempre uma ligação forte ao Partido Socialista.

N.S: Relativamente ao seu percurso como Presidente da Junta, qual é que foi o projecto que concluiu que mais o deixou satisfeito?

J.C: Quando nós chegámos, há 31 anos, a Junta de Freguesia de Almeirim tinha dois funcionários e aquilo que fazia era meramente a emissão de atestados de residência e pouco mais. Isto foi tendo uma evolução ao longo dos anos e quando eu assumi a presidência tínhamos três funcionários, três viaturas. Tínhamos como nossa responsabilidade o Cemitério de Almeirim e alguns espaços verdes. No decorrer e depois do meu mandato, aumentámos para 16 funcionários e dez viaturas. Somos responsáveis pela manutenção de todos os espaços verdes da freguesia de Almeirim. Também pela pela poda e manutenção das árvores. Temos o cemitério e temos o crematório. E depois temos também o lugar da Tapada, que é toda a nossa responsabilidade, desde a limpeza. Tudo o que é a Tapada é da responsabilidade da freguesia de Almeirim.

Mas não haja dúvida nenhuma que o grande projeto foi o Crematório Municipal, que foi entregue à Junta. E este foi daqueles projetos que eu acompanhei com o Presidente Pedro Ribeiro. Foi a Câmara que teve a responsabilidade da construção, mas eu também tive a responsabilidade de o acompanhar. Foi algo que eu na altura tive o cuidado de lançar o desafio ao nosso presidente Pedro Ribeiro. Porque Santarém na altura avançou com o projeto do crematório, mas depois aquilo voltou tudo para trás. Houve ali um impasse e acabámos nós por avançar com o crematório aqui em Almeirim. E portanto isto foi realmente o grande projeto aqui da Junta de Freguesia de Almeirim. E hoje ainda se mantém. É uma gestão nossa, uma gestão pública que acho que é uma gestão de sucesso. Havia muita gente que colocava em dúvida a rentabilidade do crematório de Almeirim. Durante os anos veio se provar que realmente se justifica a existência do crematório em Almeirim, apesar de haver um crematório em Santarém. O número de cremações tem vindo a aumentar e acaba por ser rentável.

O objetivo não é a rentabilidade. Mas também não queremos perder dinheiro. Acaba por ser de alguma forma rentável. Durante este período, para além da construção do crematório, também tivemos o objetivo de ter uma uma sede própria. Nós em 31 anos mudámos de sede cinco vezes. nós andávamos sempre com a casa às costas. E agora, neste momento, acabámos. Portanto, este edifício onde nós estamos é mesmo da Junta de Freguesia de Almeirim. Também esse era um dos objetivos que nós tínhamos, ter uma sede própria para não andarmos também sempre a mudar de sítio. É claro que no futuro pensamos e existia esse compromisso também da parte do presidente Pedro Ribeiro, que era lançar a obra de uma nova sede com outra dimensão, porque cada vez mais, com as transferências de competências que têm existido das Câmaras para as Juntas de Freguesia, existe a necessidade de termos um espaço maior que dê a resposta àquilo que são as necessidades da própria Junta no seu funcionamento. No atendimento aos nossos fregueses, mas também depois também naquilo que é o dia a dia da Junta de Freguesia de Almeirim.

N.S: As Juntas têm ganho cada vez mais importância, especialmente com a transferência de competências. Qual é a importância de as Juntas de Freguesia terem cada vez mais responsabilidades?

J.C: Faz todo o sentido que que haja determinadas competências que passem para as Juntas de Freguesia. Até porque as Juntas de Freguesia fazem algumas coisas muito melhor que as câmaras, devido à proximidade do contacto que têm com os fregueses. Mas também porque a sua dimensão permite nos olhar para a parte micro e não para a parte macro. E, portanto, há coisas que nós fazemos melhor. Há outras coisas que a Câmara faz melhor. E eu falo, por exemplo, da manutenção das escolas. É claro que a Câmara, apesar de ser uma responsabilidade da Junta de Freguesia, portanto é uma das competências que passou para as Juntas de Freguesia. No caso do concelho de Almeirim isso não aconteceu porque todos concordámos que é mais fácil a Câmara fazer a manutenção das escolas do que cada junta por si. Fazer isso porque tínhamos de ter um canalizador, tínhamos ter um carpinteiro, tinha de ter um eletricista. Portanto, isso não é viável e, portanto, isso continua nas mãos da Câmara da Câmara. Mas faz todo o sentido, por exemplo, os espaços verdes. Para nós é muito mais fácil fazer a manutenção dos espaços verdes da freguesia de Almeirim do que a Câmara, porque depois a Câmara teria que fazer os espaços verdes da freguesia de Almeirim e das restantes freguesias, até porque também os fregueses vêm ter conosco para nos alertar para determinadas situações.

Portanto, este tipo de de transferência de competências faz todo o sentido. Uma das quais eu andei sempre a ver se conseguia que fosse feita era a limpeza urbana. Nunca foi concluído esse processo. O presidente Pedro Ribeiro sempre deu a justificação que era difícil transferir os diversos meios para todas as freguesias. Compreendo isso. Mas eu também acho que era muito mais útil que a limpeza da cidade ou limpeza da freguesia estivesse nas competências da Junta de Freguesia, porque quem faz a limpeza e a manutenção dos espaços verdes acabava por também fazer o resto da cidade. E aqui criava se uma uma sinergia. Ao contrário de agora nós fazemos uma coisa, a Câmara faz outra. Depois as pessoas reclamam porque dizem que é a Junta de Freguesia que não limpou as vias públicas. E isso não é uma responsabilidade da Junta, é uma responsabilidade da Câmara. Depois lá vamos nós ajudar a Câmara, porque entretanto a Câmara por vezes também nos solicita e até nós próprios tomamos essa iniciativa e acabamos também por por vir ajudar. Mas não haja dúvida nenhuma que se fosse uma competência da Junta de Freguesia, eu penso que a Junta fazia melhor que a Câmara.

N.S: O presidente da Junta é tradicionalmente uma figura de proximidade aos munícipes. Qual é a importância de se manter esse nível de proximidade?

J.C: Eu acho que que é extremamente importante que as pessoas tenham alguém com quem vão falar, tenham alguém que conheçam e que essa relação não seja uma relação institucional, mas que seja mais uma relação de uma ligação a uma pessoa, que pode ser um conhecido, um amigo, alguém que que frequentemente vêem na rua, alguém que seja de fácil trato também. Eu acho que isso é extremamente importante porque eu acho que o presidente da Câmara acaba por estar num patamar diferente. Eu acho que o presidente da Junta é aquela pessoa que anda no terreno e com quem deve ser fácil falar. E eu falo por mim porque isso acontece, As pessoas conhecem. Aliás, a maior parte das pessoas nem me trata por Joaquim, trata por Quim, portanto, porque é o meu nome de infância. E tem se mantido. Portanto, existe aqui essa ligação. E a maior parte das pessoas trata me por ti. Portanto, é uma É uma ligação de, de, de amizade, de, de, de proximidade. E, portanto, isto já são tantos anos aqui a conviver uns com os outros que a maior parte das pessoas tem essa ligação.

N.S: A ser eleito em 2025 vai manter esse modo de agir e continuar a ser o presidente “Quim”?

J.C: É claro que isto também faz parte de nós. Eu sou de fácil trato e gosto de conviver com as pessoas. E, portanto, eu vou continuar a ser o presidente “Quim”. Como eu tenho alguma ligação também com a minha esposa e há miúdos que me tratam por senhor Quim e, portanto, eu às vezes. Ainda agora, esta semana, nós estamos a receber a visita de do terceiro ano do primeiro ciclo e há miúdos que acabam por vir aí que andam no ATL da minha esposa e eu como também vou lá, eles acabam por conhecer e é engraçado quando eles vão entrar tratarem por “senhor Quim”. E portanto isso é algo que é difícil de mudar. É claro que não vou deixar de ser a pessoa que sou só porque vou para presidente da Câmara. Continuo a ser o Quim.

É claro que o presidente Pedro Ribeiro tem uma dedicação quase de 24 horas por dia. Cada um tem a sua forma de estar. Não vou aqui dizer que vou fazer o mesmo que o Pedro Ribeiro faz, porque eu acho que aquilo que eu faço é muito difícil alguém repetir. Mas, de qualquer modo, a minha ligação com as pessoas vai se manter. É claro que uma coisa é ser presidente da Junta. Existe uma agenda totalmente diferente do que é ser presidente da Câmara. Presidente da Câmara Já nos obriga a uma agenda muito, muito mais preenchida. Por vezes nós queremos aceder e estar em determinados sítios ou continuar a fazer determinada vida que fazemos. E, por vezes, torna se difícil fazer. Agora a ligação às pessoas eu quero manter. É algo que faz parte da minha forma de estar na vida e, portanto, continuarei a fazê-lo, mesmo sendo presidente da Câmara. E sempre que seja possível, estarei no terreno.

N.S: Sente que deixa a Junta melhor do que quando a recebeu?

J.C: Sim, sem dúvida nenhuma. As condições são diferentes. Naquela altura também as transferências financeiras que existiam da parte do município, do Estado Central, eram muito mais limitadas. Hoje em dia temos uma capacidade financeira diferente, mas também sempre houve da minha parte uma preocupação de conseguirmos aqui uma almofada financeira que nos permita continuar a fazer obra. Fazer aquilo que temos que fazer. Mas ter sempre a segurança de que não vamos ter problemas. Nesse aspeto, quem vier a substituir me terá todas as garantias de encontrar uma Junta plenamente segura em termos financeiros, muito melhor do que aquilo que eu encontrei. Apesar de não haver problemas na altura. Mas a capacidade financeira era totalmente diferente do que existe agora.

N.S: Qual o projeto que gostava de ter concluído, mas que mas que não foi possível?

J.C: Construir uma sede da Junta de Freguesia com outra dimensão que estava previsto para ser ali junto ao posto da GNR de Almeirim. Nós temos ali um espaço que é o nosso estaleiro e portanto seria a construção da sede. Criação de condições também para o nosso pessoal que anda na rua. Reconheço que nesse aspeto, em termos de condições para quem trabalha na rua, ainda somos um bocado deficitários nessa área. Aquilo que eu acho é que tenho pena não ter conseguido resolver é mesmo isso. A criação dessa sede com outra dimensão. Criação de condições para as pessoas que estão a trabalhar no exterior e também um armazém, um pavilhão que desse desce para todo o equipamento que faz parte da Junta de Freguesia ter de estar recolhido e ter outras condições de trabalho. E eu não consegui resolver. Pensei que ainda conseguisse, mas não consigo fazer isso até ao final do mandato.

N.S: Como é que surgiu o convite para se candidatar à Câmara de Almeirim?

J.C: Em 2022, se não estou em erro, tinha dado uma entrevista onde, onde dizia que me iria afastar no final do mandato da política. A minha esposa esteve a fazer uma missão em Timor e na altura quando regressou falámos e ela pediu me para para deixar a política. Porque ela adorou estar em Timor e o objetivo dela era que nós fossemos os dois. Fazer uma missão deste tipo. E eu na altura fiz uma pós graduação em Gestão de Projetos para o Desenvolvimento e para a Cooperação na Universidade Católica. Precisamente para isso, para para fazer gestão de projetos nessa área. E, portanto, tinha mesmo esse objetivo. Eu concluí a pós graduação. Estava já a começar a mandar currículos porque estávamos nos a aproximar do final do mandato. E o objectivo era mesmo eu ir para um projeto desses. E a minha esposa, como é professora, também ir no projecto. Mas entretanto o convite acabou por surgir. O Pedro Ribeiro falou comigo. Depois falei com a família e acabou por ser entendido como como um objetivo também da minha parte. Não o nego. Também pensei há uns anos que poderia ser presidente de Câmara e portanto acabou por ser um objetivo que eu tinha. A família entendeu e reconheceu que eu queria muito ser presidente de Câmara. Fiquei com a pós graduação em Gestão de Projectos, acabou por ser mais uma formação que eu fiz, que que gostei de a fazer e quem sabe se se um dia mais tarde não voltar a essa área.

N.S: Foi um candidato unânime ou havia mais nomes em cima da mesa?

J.C: Naquela reunião só apareceu o meu nome. Só eu é que me candidatei. Não apareceu mais ninguém. Não sei se haveria mais alguém que quisesse o fazer. Se houve na altura, não se apresentaram. Eu fui votado e foi por unanimidade de todos os presentes na Comissão Política. Portanto, parto do princípio que não havia mais ninguém.

N.S: Como é que encara este desafio?

J.C: É um grande orgulho ser ser o candidato.Depois, é uma grande responsabilidade, porque substituir o Pedro Ribeiro é uma grande responsabilidade e um grande desafio. Se eu não me sentisse com essa capacidade não seria candidato. Quero representar as pessoas da minha terra e fazer o melhor por Almeirim, porque foi sempre esse o meu objetivo continuar um trabalho que se tem vindo a fazer ao longo dos anos. Existe aqui um grande trabalho do Partido Socialista em Almeirim e portanto eu tenho esse objetivo de continuar esse trabalho.

N.S: E são sapatos difíceis de calçar. O Pedro foi um presidente com muita atividade. Como é que vai conseguir?

J.C: O Pedro Ribeiro foi um presidente com muita atividade e ainda vai deixar muita atividade. Vai haver projetos que estão a ser lançados. Há uns que já foram lançados, outros que vão ser lançados, que o Pedro Ribeiro já não vai terminar porque não vai ter tempo para os terminar e, portanto, da minha parte, se for o próximo presidente da Câmara, farei tudo para que esses projetos se concretizem. Estamos a falar da nova creche, do Mercado Municipal, da ampliação do Centro de Saúde. Portanto, isto são projetos que estão pensados. E que é que vão ser lançados e que eu faço questão em terminá-los. E depois temos aqui outro, que é a Circular urbana, que é uma das coisas que eu acho que tem mesmo de ser concluída no próximo mandato, porque há necessidade de tirar o trânsito pesado do centro de Almeirim.

N.S: Disse que quer continuar o trabalho que tem sido desenvolvido nas últimas décadas. Quer também deixar a sua marca pessoal no concelho de Almeirim?

J.C: Sim, claro. Uma das coisas que eu que eu gostaria de fazer tem a ver com o Museu Municipal. Houve ali a reabilitação da da Igreja do Divino Espírito Santo, as antigas escolas velhas. Inicialmente pensou se em fazer ali um centro interpretativo sobre a história de Almeirim. E eu acho que é importante e fundamental para Almeirim criar pontes de interesse que façam com que as pessoas que venham a Almeirim não venham só comer a sopa da pedra, porque isso é o que acontece. As pessoas chegam, comem a sopa da pedra e vão se embora. O que eu quero é, nos próximos anos, criar aqui alguns pontos de interesse, nomeadamente esse centro de interpretação da História de Almeirim e criar, porque depois também foi adquirido um terreno ao lado que permitiria a expansão do edifício e criar ali outros outros edifícios com outro interesse a nível cultural. E portanto, isso seria um dos meus objectivos: criar algo com que as pessoas venham a Almeirim não só pela sopa da pedra, mas venham a Almeirim porque existe aqui algo que a gente lhe possa oferecer sobre a nossa história.

Fazer com que as pessoas passem aqui uma manhã ou uma tarde, e que acabem por também fazer algumas compras no nosso comércio e conhecer um pouco da história de Almeirim. Portanto isso é um dos objetivos e era uma das coisas que eu queria a nível do nosso projeto. É claro que estes primeiros quatro anos, se eu for eleito,ainda temos aqui muito trabalho para concluir. Portanto, há aqui muita coisa ainda que vem do do mandato do Pedro Ribeiro. Vai ter que ser concluído e também não nos vai dar aqui muito espaço de manobra para fazer muita coisa.

N.S: Já tem uma equipa definida? Mantém alguns dos atuais vereadores ou é uma equipa criada “de raiz”?

J.C: Já temos. Já estou a trabalhar nisso e praticamente tenho a equipa concluída. Mantém-se alguns dos atuais vereadores, até porque faz todo o sentido que assim seja. A experiência desses vereadores é também importante, porque todo o resto da equipa vai ser gente nova e tem que haver aqui alguma experiência que ajude a quem chega.

N.S: É um trajeto algo comum o presidente da Câmara cessante ser o candidato à Assembleia Municipal. Pedro Ribeiro é um nome a considerar para a Assembleia Municipal?

J.C: O presidente Pedro Ribeiro é daquelas pessoas que vai pode ir para onde ele quiser, como diz o outro, porque tem capacidade para isso. Eu penso que ele se calhar é capaz de ter outros objetivos. Muito sinceramente, não sei. Não é algo que só ele é que sabe. De qualquer modo, se ele não tiver outros objetivos definidos, Seria sempre um bom candidato a presidente da Assembleia Municipal.

N.S: Quem acompanha as reuniões de câmara de Almeirim nota a falta de oposição que existe. Uma oposição saudável, é uma parte importante da governação. Espera, na eventualidade de ser eleito presidente da Câmara, conseguir uma oposição mais forte e saudável do que aquela que acompanhou os mandatos anteriores?

J.C: Não sei quem são os candidatos que os outros partidos vão apresentar, mas espero que pelo menos que seja uma oposição responsável. Porque quem acompanha a comunicação social sabe que no nosso distrito tem acontecido situações bastante complicadas.

Eu não sou daqueles apologistas dos sete vereadores serem todos do mesmo partido. Não. Acho que a oposição tem um papel fundamental até para nós também estarmos sempre atentos e portanto, é não estarmos ali um bocadinho a descansar encostados.

É isso que espero, que seja uma oposição saudável porque que eu me lembre, em Almeirim nunca houve, pelo menos nos últimos anos, casos como nós temos assistido aí por este distrito. E, portanto, eu espero que aqui não se repita, não apareça alguém com esse espírito completamente escusado.

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