Skate Park de Santarém está interdito há um ano mas continua a ser utilizado

O Skate Park de Santarém, cuja a utilização se encontra interdita, continua a ser utilizado por jovens que ignoram a vedação e a falta de condições de segurança, como é possível ver na imagem que acompanha este texto, captada durante a tarde de 20 Junho.

Quem passe junto à Casa do Campino, no Campo Infante da Câmara, pode, com regularidade, encontrar jovens a utilizar as rampas para fazer manobras radicais de skate, trotinete ou até de bicicleta. Isto acontece porque a vedação utilizada pela Câmara apresente deficiências de segurança e é facilmente contornada pelos intrépidos amantes das modalidades radicais. A vedação não está fixa no chão, estando apenas encaixada em tijolos de cimento, tornando o acesso ao interior da área restrita fácil a qualquer um. Basta desencaixar uma das grades dos tijolos onde estão assentes.

O vereador com o pelouro do Desporto, Alfredo Amante, explicou ao NS que está ciente da situação, tendo-se já deparado com jovens a utilizar as rampas, deixando-lhes o alerta que não era seguro estarem no local.

Segundo Alfredo Amante a estrutura mantém-se montada porque o município está à espera do desfecho do processo de inquérito, que se encontra agora nas mãos do Ministério Público.

O município visa ser ressarcido dos cerca de 75 mil euros investidos no projeto e Alfredo Amante explicou ao NS que uma vez que algumas das rampas estão fixadas no chão, serão danificadas ao serem retiradas, podendo a autarquia perder o direito à indemnização.

Quanto à escolha da vedação, que peca pela facilidade com que é contornada por quem pretenda aceder às rampas, o vereador justificou que era a única solução disponível.

Alfredo Amante garantiu ainda ao NS que vai solicitar aos serviços da Câmara Municipal a retirada das rampas do local, de maneira a evitar acidentes, acrescentando ainda que a autarquia possui um seguro de responsabilidade civil para a infraestrutura.

Relembre que a estrutura foi inaugurada em agosto de 2023, acabando por ser interdita pelo município, que alegou falta de condições de segurança para a prática desportiva, poucos dias depois da inauguração. O processo foi considerado irregular e chegou mesmo a resultar na suspensão do vereador responsável pela adjudicação da empreitada, Diogo Gomes, bem como em alguns processos disciplinares instaurados a funcionários municipais envolvidos na questão. A empreitada foi adjudicada a Artur Cassaca através do regime de consulta prévia, pelo valor exato de 74.998,00€. Menos dois euros que o valor necessário para que fosse necessário abrir um concurso público.