Câmara devolve Cine-Teatro Elisa Tavares Bonacho à população em investimento para o presente e futuro (com Fotos)

30 Novembro 2024, 18:01 Não Por João Dinis

A Câmara Municipal da Golegã reinaugurou este sábado, 30 de novembro, o renovado Cine-Teatro Elisa Tavares Bonacho, que após um longo processo de reabilitação está agora renovado e dotado de equipamento moderno, que o torna apto a receber qualquer tipo de espetáculo.

A cerimónia de reinauguração decorreu na manhã deste sábado, com a presença das associações culturais e desportivas do concelho da Golegã, que acompanharam os Autarcas e mesários da Santa Casa da Misercórdia, na cerimónia que perpetuará agora o histórico edifício para as gerações futuras.

Conhecido como Cine-Teatro Gil Vicente, retoma agora o seu nome original, “Elisa Tavares Bonacho”, em homenagem à benemérita que doou o terreno para a sua construção em 1905.

Após um processo de encerramentos e reaberturas, entre os anos 1984 e 2013, o Cine-Teatro da Golegã, é agora um espaço moderno, onde a autarquia investiu cerca de 1,5 Milhões de euros, com o objetivo de o devolver “à população da Golegã”, num dia que o Presidente da Câmara Municipal da Golegã, António Carlos Camilo, considerou um dia de “contentamento”.

“Temos agora condições para receber todos os espetáculos”, disse o autarca, que salientou o facto de ali terem sido investidos 235 mil euros na aquisição de equipamentos cénicos que não estavam incluídos no projeto que lhe havia sido deixado pelo anterior executivo.

Frederico Bonacho, familiar da benemérita, agradeceu à Câmara Municipal da Golegã o facto de terem restituído o nome original ao cine-teatro, considerando que este é “um marco cultural e simbólico de grande utilidade para a Golegã”, que deixará também um legado para o futuro.

Elisa Tavares Bonacho era “alguém que acreditava no poder da cultura como espaço de transformação”, e por isso a sua visão ao doar o espaço à Misericórdia da Golegã, que ali edificou um anfiteatro cultural de grande dimensão.

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia da Golegã, José Godinho Lopes, referiu que o equipamento sempre esteve ligado ao desenvolvimento da Golegã, sobretudo por ali se poder utilizar a cultura “como alavanca do desenvolvimento local”.
O responsável agradeceu ainda à autarquia o trabalho desenvolvido, bem como todos os apoios prestados à Santa Casa.

O Vice-Presidente da Câmara Municipal da Golegã, Diogo Rosa, enalteceu o trabalho desenvolvido pela autarquia na área cultural, onde nos últimos dois anos, o número de visitantes e turistas aos pontos de interesse cresceu substancialmente, levando mesmo alguns investidores ao concelho, e ali investindo, sobretudo em equipamentos hoteleiros de grande qualidade.

A massa associativa mereceu também palavras de Diogo Rosa, que reconheceu que a sua dinâmica é merecedora de todos os apoios do município, que nos últimos dois anos viram ser-lhes transferidos mais 60% dos apoios financeiros.

O autarca destacou igualmente o turismo no concelho, com destaque para as vertentes equestre, gastronómico, natureza e literário, que levam a que a Golegã seja na Lezíria do Tejo o concelho com mais alojamentos por cada 100 habitantes, e que cresceram 60% nos últimos quatro anos, estando a ser realizados projetos de grande dimensão no Hotel Lusitano e Quinta da Cardiga.

Além do Turismo, o Vice-presidente do município destacou ainda o investimento a ser realizado na Escola da Golegã, de 3,5 Milhões de euros.

A vertente cultural, com a Casa Estúdio Carlos Relvas, o Olé Golegã, o Festival da Biosfera, o Festival do Campino e a Feira Nacional do Cavalo mereceram também as palavras do vereador com o pelouro da cultura.

“A Feira Nacional do Cavalo é agora sustentável”, anunciou, referindo que a Associação da Feira Nacional do Cavalo deixou de ter necessidade de receber verbas extraordinárias do município, o que permite que possam ser realizados investimentos como o que permitiu a aquisição do terreno para o alargamento da Feira.

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