Hospital de Santarém inicia telemonitorização domiciliária da doença pulmonar obstrutiva crónica

1 Março 2021, 15:36 Não Por Redacção

O Hospital Distrital de Santarém (HDS), através do seu Serviço de Pneumologia, iniciou recentemente com a  telemonitorização domiciliária de casos de doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), que envolve para já 5 doentes que são seguidos à distância nas suas próprias casas, podendo o número vir a aumentar em breve.

De acordo com Gustavo Reis, pneumologista do HDS, “o programa não só pretende ajudar os doentes com DPOC, mas também tem como grande objectivo contribuir para combater as elevadas taxas de internamento/reinternamento e, consequentemente, os custos associados”.

“Temos doentes com 8-9 internamentos por ano, o que representa, em muitos casos, uma duração total de dois meses”, conta, sublinhando que este projeto permite aliviar não só a urgência, como também o internamento.

De acordo com Gustavo Reis, na prática, a telemonitorização consiste na monitorização à distância de determinados parâmetros fisiológicos, designadamente a frequência cardíaca, a saturação de oxigénio, a temperatura e o número de passos que o doente dá por dia.


Esses sinais são registados periodicamente pelo doente e são recebidos automaticamente num centro de triagem, onde profissionais de saúde supervisionam os dados recebidos. Quando os dados relativos às medições que estão a ser monitorizadas ultrapassam os limites pré-definidos como os adequados é gerado um “alerta”, e o centro de triagem contacta o doente para avaliar a situação.  “Se se confirmar a existência de alterações importantes nos parâmetros, a equipa hospitalar, que envolve um enfermeiro e um médico, é contactada de imediato, estabelece novo contacto com o doente e é tomada uma decisão.”

A DPOC é doença crónica e progressiva que se manifesta pela diminuição da capacidade respiratória, estimando-se que afete cerca de 750 mil portugueses.

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