Alpiarça participa em projeto europeu para garantir sustentabilidade das turfeiras

14 Fevereiro 2025, 17:30 Não Por Lusa

A Câmara de Alpiarça foi escolhida para participar num projeto europeu que pretende garantir a sustentabilidade das turfeiras, numa iniciativa que arrancou na quarta-feira e se estenderá pelos próximos quatro anos, anunciou hoje a autarquia.

Em comunicado, a câmara revela que iniciativa, intitulada PEAT-UE (“Políticas Ambiciosas para a Restauração, Conservação e Gestão Sustentável das Turfeiras na Europa”),visa desenvolver um plano de cogestão para o Paul da Goucha, a mais recente Reserva Natural Local localizada neste município, no distrito de Santarém, com o objetivo de garantir a sustentabilidade deste ecossistema.

De acordo com o documento, as turfeiras, que cobrem apenas 3% da superfície terrestre, são fundamentais no combate às alterações climáticas, uma vez que armazenam o dobro do carbono de todas as florestas do mundo.

Além disso, regulam o clima, previnem inundações, retêm água, fornecem água potável e preservam a biodiversidade.

No entanto, mais de 50% das turfeiras na Europa estão degradadas, emitindo anualmente cerca de 230 milhões de toneladas de CO, equivalentes às emissões de 135 milhões de automóveis.

Segundo o documento, o projeto PEAT-UE pretende abordar esta problemática, “promovendo a restauração e gestão sustentável destes habitats”.

Para isso, o município de Alpiarça vai contar com a colaboração do Instituto Politécnico de Santarém (IPSant) e da Escola Superior Agrária, que “trazem o conhecimento técnico e científico para o desenvolvimento e implementação do plano de gestão do Paul da Goucha”, pode ler-se no comunicado.

Entre os objetivos do projeto estão “a melhoria das políticas existentes com base em dados científicos”, “a criação de mecanismos que garantam financiamento sustentável”, “a sensibilização do público” e o “estabelecimento de parcerias com iniciativas internacionais para ampliar o alcance das ações na União Europeia”.

O consórcio do projeto inclui entidades como a ONG Natuurpunt (Bélgica), o Ministério do Turismo, Ecologia e Desenvolvimento Sustentável de Montenegro, o Gabinete de Desenvolvimento Regional da Região de Weser e Ems (Alemanha), a Cidade de Mechelen (Bélgica), a Colaboração Odense Fjord (Dinamarca), o Programa Danúbio-Cárpatos (Ucrânia) e a Administração das Áreas Menores Protegidas da Lituânia.

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