Utentes dos Serviços Públicos contra o encerramento dos Blocos de Partos

22 Janeiro 2023, 15:38 Não Por Redacção

O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) veio este domingo mostrar a sua indignação contra o possível encerramento dos Serviços de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e de Bloco de Partos de todo o País a partir de Março de 2023, conforme anunciado anteriormente.

Para o MUSP o encerramento destes serviços, “constitui um grave retrocesso no acesso aos cuidados de saúde maternos e obstétricos das mulheres grávidas, recém-nascidos e das suas famílias, merecendo a mais veemente reprovação e preocupação”.

De acordo com o MUSP a falta de recursos humanos nas maternidades do País,  particularmente nos Serviços de Urgência,  fruto da premeditada degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS),  tem sido frequentemente denunciada: o número de especialistas em ginecologia/obstetrícia está muito aquém das necessidades, o recurso a horas extraordinárias, assim como a sobrecarga dos Serviços de Urgências esgotam a capacidade de resposta a outras tarefas necessárias, pelo que no seu entendimento, “é deveras preocupante que o Governo e o Ministério da Saúde considerem que a rotatividade dos Serviços de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia, entre os diversos Hospitais, realizado actualmente, garante maior segurança para as mulheres grávidas e suas famílias.

No entendimento do movimento o plano de funcionamento alternado das maternidades não constitui mais do que um remendo, que não procura resolver os graves e profundos problemas do SNS, mas, sim, tornar provisoriamente permanente uma decisão que vem contribuir para o desmantelamento de uma valência tão importante para as populações.

Para o MUSP o que se impõe é o reforço do Serviço Nacional de Saúde, através de um investimento sério e efectivo nas suas valências, que passa pela contratação de mais Profissionais da área da saúde, bem como pela valorização das suas carreiras. Os diversos Serviços de Maternidade e Obstetrícia constituem um serviço essencial para o bem-estar das mulheres e das suas famílias, para o desenvolvimento e progresso social do País.

Os Utentes e o MUSP exigem o respeito pelo quadro Constitucional no que toca ao direito à saúde”, pelo que “não vamos aceitar o encerramento das Maternidades”, concluem.

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