Turismo com ótimas perspectivas para a Lezíria do Tejo

23 Julho 2024, 20:19 Não Por João Dinis

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR), apresentou esta segunda-feira, em Santarém, o Plano de Atividades para o próximo ano, numa sessão que contou com a presença de alguns autarcas e empresários do setor.

José Manuel Santos, Presidente da ERTAR, apresentou os eixos principais dos trabalhos a desenvolver no próximo ano, que irão incidir muito na capacitação dos recursos humanos, mas também na afirmação da região como um forte destino turístico português, replicando muito daquilo que foi o trabalho desenvolvido no Alentejo, e onde as empresas recolhem agora os frutos do trabalho realizado nos últimos anos.

O Enoturismo, os Caminhos da Natureza, Autocaravanismo, Turismo Literário e Industrial, serão as grandes apostas da entidade para a região, para onde quer atrair empresários, para incrementar significativamente o número de camas disponíveis, e que permitam o aumento significativo no número de turistas na Lezíria do Tejo.

No final da reunião, José Santos foi questionado pelo NS se o encontro tinha sido proveitoso, uma vez que no final houve lugar a alguma troca de ideias entre os presentes.“Sem dúvida, aliás, esse é o objetivo deste ciclo de reuniões que estamos a ter por toda a nossa área regional de Turismo e que trouxemos a Santarém”, começa por referir José Santos, que explica que estas reuniões servem para apresentar “as grandes linhas de intervenção para o próximo ano.”

“A planificação é um processo que está completamente em aberto para nós” e o facto de em Santarém ter existido “ uma plateia dinâmica e entusiasmada, nalguns momentos com propostas concretas, contributos, críticas, para nós foi muito importante, porque isso permite já ajustar a planificação e enriquecer as propostas”, a apresentar à tutela até 7 de agosto.

O Enoturismo, através do programa PROVERE, que a ERTAR é a gestora, “terá um papel muito relevante dentro da nossa estratégia nos próximos anos”, revela José Santos, que acrescenta que a ERTAR quer “trabalhar as dinâmicas que já existem no território”, como a Wine Route 118,”mas temos outros produtos que também vamos querer estruturar melhor, como o turismo literário, onde está aqui também recursos muito importantes para o território, o turismo industrial, todo o trabalho que temos vindo a fazer ao nível do turismo de caminhadas e do cycling as autocaravanas.”
“Eu diria que o enoturismo como um produto principal e depois um conjunto de produtos secundários que queremos trabalhar e dinamizar aqui mais na região do Ribatejo.”

A Cultura e a Natureza continuarão a ser a grande alavanca do turismo na Lezíria do Tejo, pois são factores que permitem “a construção de produto turístico e de experiências turísticas muito interessantes”, como por exemplo no caso de Coruche com o PROVERE Montado de Sobro e Cortiça, onde existe “uma linha que tem construído uma série de experiências turísticas únicas, pequenos projetos piloto, pequenas ofertas turísticas que possam depois ser apropriadas e vendidas por operadores turísticos.” “É um turismo de micro escala e um turismo de baixa densidade baseado num recurso endógeno”, salienta o Presidente da ERTAR.

Ainda na natureza José Santos salienta os “os passeios de barco no Tejo ou o as áreas de serviço de autocaravanas, Walking e Cycling”, “a natureza é um produto importante”, pelo que “temos que transformar um produto territorial num produto comercia”, ainda que esse venha a ser o principal desafio.

Dando como exemplo os passeios de barco no Tejo, operacionalizados por entidades privadas e que trazem muita gente ao Ribatejo, José Santos considera que “precisamos de alargar essa oferta a outros recursos e a outros produtos”, pelo que ainda este ano irá ser efetuada “uma grande ação de ativação dos Centros de Ciclismo de Chamusca e de Coruche.”
“Vamos procurar atrair atletas de renome internacional, vamos criar uma grande campanha digital para promover a vinda de turistas nacionais e internacionais ao Ribatejo”

“Procurámos, a partir da reestruturação da rede de percursos pedestres, termos um festival de percursos pedestres que ative, que comunique a natureza e o turismo de caminhadas na região”, acrescentou.

“Eu creio que temos aqui um conjunto de linhas de acção válidas para aplicarmos no território”, considera José Santos, que conclui afirmando que “a reunião de hoje foi também importante para perceber que há aqui uma convergência de ideias com aquilo que são os operadores privados e depois procurarmos dar notoriedade à imagem do Ribatejo dentro desta linha de um novo destino para os portugueses ou de um novo destino para Portugal, através da presença na Bolsa de Turismo de Lisboa, onde vamos ser um destino convidado, bem como através de um posicionamento constante na mídia generalizada do Lifestyle e também através de iniciativas que se possam realizar nas principais áreas emissores de turistas para a região”.

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