Tribunal absolveu Coruchense e ex-dirigentes de angariação de mão-de-obra ilegal

3 Dezembro 2021, 17:44 Não Por João Dinis

Decorreu esta sexta-feira, no Tribunal de Coruche, a leitura da sentença do “Caso Coruchense”, em que o clube e vários ex-dirigentes e empresários eram acusados pelo Ministério Público de angariação de mão-de-obra ilegal, num processo que remonta a 2018.

Depois de vários adiamentos, a leitura da sentença teve lugar na tarde desta sexta-feira, com Tribunal a absolver todos os envolvidos, bem como clube de Coruche.

O processo que levou o Ministério Público a acusar o Coruchense, o seu ex-presidentes, Ricardo Santos e Dionísio Mendes, o tesoureiro e director desportivo Carlos Neves e os empresários de jogadores de futebol Vasco Antão e Carlos Silva em 2018, teve origem numa inspecção realizara em Setembro de 2015 pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), durante um treino, onde foram identificados diversos jogadores, cuja sua situação em território português levantou dúvidas na altura.

Para o juiz Duarte Silva não foi provado que os arguidos tenham agido com o intuito de obter lucro com a angariação de jogadores estrangeiros, pelo que, na ausência desse elemento subjectivo, cai a prática do crime de que vinham acusados.

Já em Julho, aquando das alegações finais, o Ministério Público pediu a absolvição de Ricardo Santos, sendo que agora foram ilibados todos os acusados.

O Juiz referiu que os jogadores possuíam visto de permanência em Portugal, e o que não detinha, a situação foi regularizada quando o clube tomou conhecimento da mesma.

Também o dinheiro retirado dos salários dos jogadores, para pagamento de alimentação e alojamento, foi feito com o consentimento dos jogadores, que assim testemunharam, atestando que eram tratados dignamente.

Não provada ficou também a prática de auxílio à imigração ilegal, depois e alteração dos factos comunicada em Setembro, uma vez que não estavam preenchidos os pressupostos de entrada e trânsito ilegal, permanência ilegal e degradação das condições de vida.

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