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Torre das Cabaças reabre ao público com imagem renovada

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A Torre das Cabaças, um dos monumentos mais emblemáticos da cidade de Santarém, reabriu ao público após a requalificação de que o monumento foi alvo. A cerimónia, que integrou o programa das Festas de São José, decorreu a 19 de março, feriado municipal, e contou com a presença da Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, além do executivo municipal e várias entidades da Cidade.

O monumento foi alvo de intervenções de requalificação no interior e no exterior, transformando-se também no Núcleo Museológico do Tempo numa clara homenagem ao que a Torre significava no antigamente, já que era o principal relógio da cidade e dos campos agrícolas, garantindo o vereador da Cultura, Nuno Domingos, que a outrora designada “Torre do Relógio”, era ouvida nos campos agrícolas ao redor da cidade.

No primeiro piso encontra-se uma exposição com recurso a suportes digitais sobre o tempo e sobre a torre bem como uma série de relógios de sol, um dos quais tinha como função acertar o relógio mecânico da Torre. No segundo piso é possível visitar a exposição de relógios, propriedade da Câmara Municipal, que conta com mais de 30 itens em exposição. Já no último piso é possível obter uma das vistas panorâmicas mais completas sobre a cidade de Santarém.

“No último piso temos a possibilidade de perceber as marcas do tempo na cidade (…). Podemos olhar para as Portas do Sol e perceber a cidade militar, olhar para a zona da Igreja da Graça e perceber a relação da cidade com o período dos Descobrimentos, para a zona de Alporão e perceber a cidade medieval ou olhar para a zona de Santa Clara e perceber a cidade do século XIX, quando a burguesia se mudou para lá por querer distância dos comércios por querer privacidade (…) no fundo correspondente à ideia modernista de cidade”, explica Nuno Domingos.

A Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, mostrou-se muito agradada com o trabalho executado na requalificação do monumento e do espaço museológico referindo que um espaço museológico deve acautelar a relação entre o contentor e o conteúdo, ou seja entre o edifício e a sua vocação e o que um visitante pode ver em termos de objetos expostos.

“Aqui há sintonia perfeita entre uma torre que assinala e que tem esta vocação do tempo e a representação de uma coleção de relógios que traça uma evolução cronológica deste dispositivo que de alguma forma é estruturante como nós olhamos para a humanidade a partir de uma linha cronológica da sua existência”, vincou a Ministra da Cultura.

A origem do nome “Torre das Cabaças”

Segundo explicou Nuno Domingos ao NS, a origem do nome Torre das Cabaças vem de uma lenda do século XIX que relata uma visita oficial do rei D. Carlos e os edis na altura levaram o Rei a visitar o topo da, na altura, chamada Torre do Relógio.

Esbaforido no fim de subir tanto degrau, o Rei terá mandado colocar sete cabaças a simbolizar “a cabeça oca dos edis” escalabitanos por terem a ideia de o fazer subir até ao topo da torre.

O vereador da cultura explica que esta é apenas uma lenda, ou “uma anedota” do século XIX, como apelidou a história, e que na verdade as “cabaças” tinham como finalidade amplificar o som do relógio para que se ouvisse por toda a cidade, ficando a torre marcada pela imagem das cabaças no topo, herdando o nome “Torre das Cabaças”.

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