Terceira dose da vacina contra a Covid-19 avança na próxima semana

9 Outubro 2021, 9:23 Não Por Redacção

A Directora Geral de Saúde, Graça Freitas, anunciou esta sexta-feira, que na próxima semana será iniciada a administração da terceira dose da vacina contra a Covid-19.

“Vamos iniciar a terceira dose de reforço a pessoas com 65 ou mais anos, sendo que neste grupo etário a prioridade são as pessoas que têm 80 ou mais anos e as pessoas que são utentes de lares e da rede de cuidados continuados e de outras instituições similares”, referiu Graça Freitas em conferência de imprensa, anunciando ainda que a Direcção Geral de Saúde (DGS) aguarda as indicações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a possibilidade de administrar em simultâneo a vacina da gripe.

“É muito relevante as pessoas aderirem a esta dose de reforço, é esta dose que vai novamente estimular a sua imunidade e pô-los com um nível de protecção máxima contra doença grave, contra hospitalização e contra morte”, apelou Graça Freitas, sublinhando que “não é apenas mais uma dose, mas uma garantia de protecção”.

Graça Freitas salientou ainda que, relativamente aos imunossuprimidos, já está a ser administrada uma dose adicional da vacina contra o SARS-CoV-2 há algumas semanas.

Sobre a gripe, a responsável pela DGS esclareceu que Portugal nunca teve “tantas vacinas como agora [este ano]”, cerca de 3 milhões de unidades. Até ao momento já foram administradas 130 mil doses, 63 mil das quais em maiores de 80 anos.

Quanto à vacinação, Graça Freitas disse esperar que decorram de forma mista. Isto é, entre centros de saúde e os centros de vacinação dedicados para o efeito. E de acordo com as características da população e da densidade populacional.

Já sobre o regime de convocatórias, segundo a directora-geral, vai ser “muito parecido” com a primeira e segunda fase de vacinação contra a covid-19. “Os próprios centros de saúde, em proximidade e porque conhecem bem estes utentes, têm mecanismos para os alcançar e convocar e convidar a virem à vacinação”, acrescentou a directora-geral apelando para que os mais velhos “cheguem ao inverno com a sua protecção, quer contra a covid-19, quer contra a gripe, no máximo que a ciência nos permite e o seu sistema imunitário também”.

“Seria óptimo para as pessoas, porque é muito mais confortável irem uma vez vacinar-se com duas inoculações e também é muito mais fácil para os nossos enfermeiros, para a nossa logística e para os nossos serviços”, explicou ainda.

Graça Freitas também falou sobre a vacina que irá ser utilizada na inoculação da terceira dose e explicou a sua escolha.

“Apenas uma vacina tem já autorização da EMA para administração da terceira dose. Nós cumprimos os procedimentos em relação ao regulador, por isso, aguardámos que saísse o resumo das características do medicamento. Essa vacina é a da Pfizer, a da moderna também submeteu os ensaios clínicos para poder vir a ser aprovada, mas até ao momento a aprovada é a da Pfizer e o esquema recomendado é seis meses depois da dose administrada”, explicou a directora-geral, que distingue este esquema do dos imunossumprimidos.

“Os imunossumprimidos podem receber a vacina da Pfizer ou da moderna e o intervalo entre as doses é mais curto, no mínimo 28 dias, mas estamos a recomendar um bocadinho mais”, disse.

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