Tendências em gestão de RH: Como a IA e a automação estão a transformar os sistemas de RH

20 Fevereiro 2025, 22:07 Não Por Redacção

A IA veio para ficar. Já não podemos negar e quem o fizer vai ficar para trás. O mesmo vai acontecer na área dos recursos humanos. Imagine fazer a gestão documental toda de uma empresa sem automação. Empresas de destaque já usam o M-Files que tem IA para fazer a gestão toda de documentos. 

Esta app permite os colaboradores organizar tudo sem falhas e em poucos minutos. Este é apenas um dos muitos exemplos em que a IA ajuda e está a transformar os sistemas de RH. Pode ler mais aqui https://factorialhr.pt/blog/gestao-de-documentos-e-informacoes/, mas agora vamos a outro tema. Vamos perceber como é que a IA ajuda no recrutamento e outros processos. Venha daí porque vamos falar também dos riscos associados (sim, também os há!) e vamos perceber de que forma os colaboradores também beneficiam desta nova automação e integração.

IA no recrutamento: encontre o candidato certo mais rapidamente

Qualquer pessoa que já tenha trabalhado em recrutamento sabe quanto tempo demora a analisar centenas de candidaturas. É aqui que os sistemas de IA entram em ação, vasculhando os currículos e analisando o seu conteúdo para que os recrutadores se possam concentrar diretamente em candidatos promissores. Os chatbots também já não são apenas um truque: respondem às perguntas frequentes dos candidatos ou até mesmo realizam entrevistas iniciais.

Um exemplo concreto: a Unilever tem uma IA que analisa as entrevistas em vídeo dos seus candidatos na primeira fase. Entre outras coisas, é dada atenção às expressões faciais e ao tom de voz para compreender rapidamente o candidato. Isto poupa tempo e cria uma pré-seleção inicial. No entanto, também há críticas: se a IA for treinada com base em dados distorcidos, pode reproduzir preconceitos inconscientemente. Por conseguinte, é importante verificar regularmente se os algoritmos tomam realmente decisões justas.

Processos automatizados de RH: Mais tempo para o que importa

Grande parte do trabalho de recursos humanos é rotina clássica: processar pedidos de férias, verificar registo de ponto, preparar extratos de folha de pagamento. Quando o software assume estas tarefas, a equipa de RH tem mais tempo para questões realmente importantes.

Por exemplo, durante a integração: os sistemas automatizados garantem que um novo colega recebe todo o acesso e informação necessária para o seu primeiro dia de trabalho dentro do prazo. Desta forma, o recém-chegado sente-se em boas mãos desde o início. Os portais de self-service também ajudam a reduzir o esforço administrativo. Os colaboradores podem aceder a documentos ou enviar pedidos específicos de forma independente – e o departamento de RH tem menos coisas pequenas na sua secretária.

Ofertas personalizadas: IA garante colaboradores satisfeitos

Aqueles que trabalham hoje em dia, muitas vezes já não se querem contentar apenas com um pacote padrão de benefícios. Os sistemas de IA podem ajudar a fazer sugestões individuais – por exemplo, se alguém prefere horários de trabalho flexíveis ou oportunidades de formação adicionais. Até o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional pode ser melhor gerido com a ajuda de um planeamento inteligente, para que as escalas de trabalho e a distribuição de tarefas possam ser adaptadas às necessidades pessoais.

O resultado: colaboradores satisfeitos e que sentem que a empresa valoriza a sua situação pessoal. E quanto mais confortável alguém se sente, maior é a sua motivação para permanecer na equipa a longo prazo.

Onde estão os riscos? Questões éticas e proteção de dados

Apesar de toda a euforia, devemos também falar de possíveis desvantagens. Um dos maiores problemas: o enviesamento algorítmico. Uma IA que é alimentada com dados distorcidos pode aumentar involuntariamente a discriminação – por exemplo, na seleção de candidatos. É dever das empresas rever regularmente os seus algoritmos e eliminar possíveis distorções.

Os chatbots também estão a tornar-se mais inteligentes. Em algum momento, serão capazes de planear e implementar processos de RH de forma independente. Por exemplo, se um colaborador sinalizar que gostaria de fazer mais formação, o chatbot reserva automaticamente um curso adequado e ajusta o calendário em conformidade.

As possibilidades são quase ilimitadas. Por conseguinte, as empresas devem pensar estrategicamente desde o início sobre onde desejam integrar a IA e a automação para se manterem competitivas.

Conclusão: é tudo uma questão de mistura

A inteligência artificial e a automação estão a mudar fundamentalmente o trabalho dos recursos humanos. Isto reflete-se não só no aumento da eficiência, mas também no apoio cada vez mais individualizado aos colaboradores. No entanto, não nos podemos esquecer que esta tecnologia deve ser utilizada de forma responsável – ou seja: a proteção de dados, a transparência e os aspetos éticos não devem ser descurados.

Seja a uma equipa pequena de RH de um jornal de notícias local como o nosso ou de uma empresa gigante, há coisas que a AI traz e devem ser aproveitadas. Ainda assim, toda a cautela é necessária. Não deve, por exemplo, confiar informação confidencial à AI porque essa informação pode ser partilhada posteriormente online

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