Sopa da Pedra continua a ser o “prato forte” de Almeirim (com Fotos)

A presença de Almeirim na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) fica claramente marcada pela degustação de Sopa da Pedra, que levou a que se registasse uma das maiores enchentes no stand da Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo, onde o Município de Almeirim tinha o seu espaço.

Foram largas dezenas aqueles que ali acorreram e puderam ouvir a receita da Confraria Gastronómica de Almeirim, que depois presenteou todos com o “prato forte” do concelho.

Pedro Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal de Almeirim, considera mesmo que a Sopa da Pedra “é claramente o prato que nos diferencia do ponto de vista do nosso turismo”, e a justificar isso está o facto de ser “o que leva muitas centenas de milhões de pessoas ao nosso concelho”, ainda que este tenha muitos outros pratos e iguarias diferenciadoras.

Embora existam regiões em que o Turismo tenha maior impacto, “o que o Turismo representa em termos de ganhos faz muita diferença no nosso concelho”, “não só do ponto de vista direto”, mas também através de um conjunto de empresas que trabalham à volta do turismo e da restauração.

O autarca deixou ainda o desafio para que a região encontre condições para “criar algo que prespectiva de valor e permita às pessoas efetivamente poderem ficar no território”, “nós temos consciência que no caso concreto de Almeirim, o turismo gastronómico é um turismo da manhã, da hora de almoço ou da noite, ninguém vem para o território ficar para almoçar ou jantar, mas nós temos, enquanto região, que criar essas condições, que efetivamente as pessoas possam ficar, possam ficar vários dias e ao ficarem vários dias com a perspectiva de criar condições para consumir mais”.

Apesar do crescimento que se tem verificado em Almeirim a nível de restauração o autarca considera que “temos conseguido capacidade de resposta, e a esse nível o que existe está diferenciado”, algo diferente do que existe ao nível da hotelaria, em que este considera que não falta só em Almeirim, mas sobretudo na região.

“Nós temos do outro lado do Tejo o Centro Nacional de Exposições, CNEMA, que tem capacidade para eventos com dezenas, centenas, milhares de pessoas, temos um auditório com mil e muitos lugares, se eu quiser fazer um congresso ou quiser fazer uma palestra que dure vários dias, e se eu precisar de centenas de lugares para as pessoas poderem ficar a dormir, eles não existem”, o que leva a que não se façam em Santarém grandes eventos, porque não há na região capacidade hoteleira suficiente.

Pedro Ribeiro deixou o desafio de que o tema “seja pensado em termos globais, porque com certeza que haver mais capacidade hoteleira, implica mais concorrência é verdade, mas podemos dizer que o que temos chega, mas nós temos que criar condições para ir buscar outras realidades e para potenciar aquilo que existe e no distrito o único sítio com capacidade hoteleira de milhares de camas é Fátima”.