Socialistas acusam Sónia Sanfona de se colar ao populismo do CHEGA

4 Dezembro 2024, 17:18 Não Por André Azevedo

A presidente da Câmara de Alpiarça, Sónia Sanfona, causou ondas de choque um pouco por todo o Partido Socialista com a aprovação de um regulamento que prevê o impedimento de obter subsídios para alunos cujos agregados familiares apresentem sinais exteriores de riqueza, conforme noticiou o NS, em primeira mão.

Alguns ilustres do Partido Socialista comparam esta medida e o discurso da autarca durante a reunião de Câmara em que se aprovou o regulamento ao discurso populista e xenófobo dos partidos de extrema direita, como o CHEGA, conforme avança o jornal “O Público” que contactou vários notáveis socialistas.

Os socialistas ouvidos pelo “O Público” querem-se demarcar deste discurso já que não representa os valores do partido. Francisco Assis pede “linhas orientadoras” com receio “de se multiplicar a adopção de discursos análogos ao do Chega”, avança “O Público”. As críticas mais pesadas vêm de Ana Gomes, que acusa a autarca de ser preconceituosa “em relação a algumas famílias de alguns grupos étnicos”.


“É preciso não ceder à tentação de aderir a uma retórica que se vai infiltrando subtilmente a partir dos discursos populistas”, considerou, em declarações ao “O Público”, o ex-ministro da Educação João Costa, reiterando que medidas como estas não se enquadram com os valores socialistas.


O socialista Miguel Costa Matos questionou se “é a visibilidade de riqueza” que deve ser motivo de preocupação, embora considere que “não devemos reservar ao Chega a ideia de que os apoios sociais devem ir para quem mais precisa e que deve fazer-se uma avaliação dessa necessidade”, afirmou ao “O Público”.

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