SFUS inaugura Museu Centenário (Com Fotos)

15 Maio 2021, 22:07 Não Por João Dinis

A Sociedade Filarmónica União Samorense (SFUS) inaugurou este sábado, 15 de Maio, o seu Núcleo Museológico, onde ficarão expostas as memórias colectivas da colectividade, no ano em que esta assinala “o seu primeiro centenário, mas quando já iniciou o segundo…”, como referiu o Presidente da colectividade João Gomes.

Depois de perfazer a bonita idade de 100 anos, no passado dia 10 de Maio, e após a apresentação do livro “Muitos aniversários têm 100 anos”, a SFUS tem agora aberto ao público um espaço museológico.

O Museu da SFUS está instalado na primeira sede da colectividade, na Praça da República, ao lado da Igreja Matriz e de frente ao Palácio do Infantado, e retrata também parte da história de Samora Correia, numa colectividade que conseguiu resistir “a três guerras”, “à segunda guerra mundial, à guerra do Ultramar e agora à ‘guerra’ do Covid!”, salienta-nos com orgulho o seu presidente.

No espaço, que se encontra recheado de bom gosto e que teve como curador Joaquim Salvador, podemos ver toda a história da colectividade, que é muito mais que uma banda de música.

Da sua fundação a todas as secções que representam a SFUS, o espaço alberga todo um espólio que se encontra em constante crescimento, pois é intenção dos responsáveis tornar a exposição dinâmica, fazendo-a crescer a cada dia que passa, actualizando-a sempre que se justifique.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho, que marcou presença na inauguração do Museu da SFUS, esta “faz parte da nossa história”, afirmando que “a Sociedade Filarmónica União Samorense tem na história um percurso que é único em Samora Correia”, e que fruto daquilo que “é a sua dinâmica e o seu ecletismo, teve sempre uma importância muito grande na vida colectiva”.

Foi também durante os momentos mais difíceis, falamos dos 48 anos de fascismo, também um espaço de afirmação da cultura, um local de encontro de gentes e também intelectuais”, pelo que o autarca salienta que para o município este é também “um momento feliz”, porque ao “comemorarmos 100 anos da SFUS, estamos também a afirmar um pouco da nossa história”.

O espaço além de perpetuar a memória e a história de uma cidade que se identifica com a sua filarmónica é também uma homenagem “às dezenas ou centenas de pessoas que ao longo dos anos, de uma forma altruísta, com o seu voluntariado permitiram que se construísse esta história”. Acho que na nossa memória devem ficar bem registados todos aqueles que contribuíram para fazermos um percurso como o que todos nos orgulhamos, e obviamente estamos a assinalar”, referiu.

Apesar de todas as dificuldades impostas pela pandemia, a SFUS está assinalar esta efeméride “com toda a dignidade”, e ainda que as coisas tenham sido feitas de forma simples, “quando estas têm conteúdo as coisas brilham de outra forma”, acrescentou o autarca, que mostrou também o seu contentamento pela recuperação de um edifício histórico na cidade de Samora Correia, que conta agora a bonita história da cidade e das suas gentes, tradições e cultura.

João Gomes, Presidente da Direcção da SFUS é um homem orgulhoso pelo feito que se assinala, numa colectividade “que sempre esteve ligada à cidade de Samora Correia, desde sempre a SFUS foi uma casa de cultura, uma casa que deu muito à sua cidade e continuará a dar”, afirma.

A SFUS tem inúmeras valências para além da música, natação, folclore, pesca desportiva, canto, são as principais actividades para além da Banda Filarmónica e da escola de música, que “continuará a oferecer à cidade de Samora Correia”.

A SFUS é a mãe de todas as colectividades de cultura e desporto que existem em Samora Correia”, refere-nos com orgulho.

O Museu inaugurado este sábado é agora a ‘Jóia da Coroa’ da SFUS, num projecto que “diz tudo sobre a vida da sociedade filarmónica”.

A cidade de Samora Correia poderá continuar a contar com a SFUS, uma colectividade que que resistiu a três guerras. “A primeira adversidade foi a segunda guerra mundial, não havia dinheiro para o petróleo e a SFUS teve que fechar”, prosseguindo que “depois foi a Guerra do Ultramar, que levou a que houvessem poucos músicos e pouco ambiente…”, e agora, “foi a Covid, mas dentro das regras da Direcção Geral de Saúde conseguimos manter-nos”, concluiu com orgulho.

O Museu da SFUS poderá ser visitado diariamente, contando para isso com o apoio dos funcionários do Palácio do Infantado, que irão fazer as visitas guiadas e gerir o espaço.

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