Secretária de Estado do Turismo entrega primeiro certificado de sustentabilidade do país ao Parque de Caravanismo da Erra (com Fotos)

27 Maio 2022, 13:32 Não Por João Dinis

O Centro de Cycling e Parque de Caravanismo de Vila Nova da Erra, Coruche, recebeu esta sexta-feira a visita da Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, que pode inaugurar formalmente o espaço, bem como procedeu à entrega do primeiro diploma de sustentabilidade a um equipamento deste género em Portugal.

Rita Marques destacou a localização deste espaço, bem como o trabalho desenvolvido pela Entidade de Turismo do Alentejo e Ribatejo nestes projectos, que são “agregadores de pessoas para os territórios do interior”, estando inseridos na estratégia governamental de “retirar do litoral o turismo, apostando também no interior”, disse durante a sua intervenção, após ter sido saudada pelo Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira, que acompanhou a governante no início do seu périplo pelas estações de Cycling e Caravanismo do Alentejo e Ribatejo.

O certificado de sustentabilidade entregue pela Responsible Trails  reconhece o Município de Coruche como uma entidade promotora comprometida com a busca contínua da sustentabilidade da sua rede de percursos e com os princípios éticos Responsible Trails, sendo o primeiro concelho do país a obter tal distinção.

Em declarações ao NS, Rita Marques referiu que “é muito importante promovermos e investirmos nestas infraestruturas, não só para os nossos turistas, mas também para os locais, porque só se consegue visitar um local bem se conseguirmos viver nesse local”, acreditando que “estas infraestruturas são importantes não só para os visitantes, mas também para todos os locais que podem usufruir aqui de um espaço interessante, principalmente para aqueles que amam esta arte do ciclismo”.

Na sequência de algumas reclamações de municípios e agentes turísticos sobre o ‘abandono’ do Ribatejo, enquanto entidade turística, com a sua alienação ao Alentejo, e questionada sobre se faria sentido vir a existir uma entidade de turismo apenas dedicada ao Ribatejo, a governante responde que “foi feito um grande esforço de há uns anos a esta parte para consolidar as entidades regionais. Nós já tivemos três dezenas ou quatro dezenas de entidades que trabalhavam um produto turístico e revelou se que esta estratégia não era acertada e porque não? Porque é necessário termos uma escala suficiente a nível dos territórios que permitam trabalhar o produto turístico de forma integrada”, considerando que no Alentejo e Ribatejo, “temos aqui um bom exemplo”.


“Nós, de facto, temos no nosso Alentejo e Ribatejo uma rede estruturada, muito capitalizada, de cycling e tentamos que essa rede esteja não só no Alentejo, mas no Ribatejo e, idealmente, que extravase para outras regiões do país, numa altura em que o sector sofreu tanto”, considerando que “estarmos agora a alterar a dinâmica dos territórios, honestamente, não me parece acertado”, deixando no entanto no ar a ideia de que “não possamos equacionar isso a médio e longo prazo”, mas no imediato a governante rejeita a ideia, referindo que o Governo tem para a região duas ideias fortes, “proteger a marca Alentejo/Ribatejo de modo a continuarmos a manter a notoriedade nacional e internacional é uma primeira prioridade”, “segundo tentarmos, além de proteger a marca, tentarmos criar incentivos para que os empresários continuem a acreditar no sector”, sobretudo após as crises provocadas pela pandemia e pela guerra da Ucrânia.

Rita Marques concluiu reforçando a mensagem de que “estas são as duas prioridades de preservação da marca Portugal, Alentejo e Ribatejo e, por outro lado, dotar os nossos investidores de um enquadramento estável para que continuem a promover o investimento”, dando o exemplo do investimento “promovido pela Câmara Municipal com o apoio do Turismo Portugal e também da Entidade Regional Turismo do Alentejo Ribatejo”, “mas precisamos agora, por exemplo, de operadores turísticos que venham aqui e que dinamizem a hotelaria, que venha aqui, que crie os seus investimentos e é isto que temos que fazer nesta altura, depois destes dois anos muito sofridos.”

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