Ricardo Gonçalves alerta para que se seja vigilante e activo “na defesa dos direitos fundamentais” (com fotos)

Em frente ao monumento em honra do Capitão “Sem Medo” Salgueiro Maia, o presidente da Câmara de Santarém alertou que “devemos permanecer vigilantes e ativos na defesa dos direitos fundamentais e na promoção da igualdade e da justiça para todos”, durante a sua intervenção na cerimónia “Cravos para Salgueiro Maia”, um dos tradicionais momentos solenes das comemorações do 25 de Abril em Santarém, que decorreu na manhã de quinta-feira 25 de Abril.

Ricardo Gonçalves explicou ainda que Santarém ser um dos principais palcos das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril é “um dever histórico que tinha de ser honrado pela memória e pelo exemplo daqueles que fizeram a Revolução, para nos devolverem a Liberdade”.

O presidente da Assembleia Municipal, Joaquim Neto, relembrou o Capitão Salgueiro Maia como a personificação do “espírito indomável do 25 de abril, liderando as tropas que ocuparam Lisboa e garantindo uma transição pacífica para a democracia”.

O autarca afirmou também que a liberdade e igualdade são conquistas frágeis que requerem vigilância constante e acção determinada para serem preservadas, apelando à união “na defesa dos valores que abril nos legou, rejeitando qualquer retrocesso que ameace a nossa liberdade, igualdade e dignidade como cidadãos”.

A cerimónia reuniu autarcas escalabitanos, amigos e familiares de Salgueiro Maia, com a presença da esposa, da filha e dos netos, e vários dos militares que marcharam ao lado do “Capitão Sem Medo” rumo à capital, junto ao monumento em sua homenagem para a deposição das tradicionais coroas de flores em sua honra. A cerimónia foi acompanhada pelas bandas filarmónicas do concelho, e pelo olhar atento de centenas de populares que se juntaram à homenagem.

Inauguração do Mural da Liberdade

A seguir à cerimónia solene de homenagem a Salgueiro Maia seguiu-se a inauguração do Mural da Liberdade, no Jardim da Liberdade em Santarém.

O mural tem representado a expressão dos populares quando viram chegar a coluna militar a Lisboa na manhã de 25 de Abril, captada pelo fotógrafo Alfredo Cunha. A instalação é pensada especificamente para o local e é construída a partir de uma técnica para construir a imagem do mural captada por uma máquina fotográfica ou telemóvel.

A obra é da autoria do Estúdio Pedrita e intitula-se “Livres, sempre”.