Resultados do projeto de resinagem no Escaroupim apresentados esta quinta-feira

4 Dezembro 2024, 10:52 Não Por Redacção

O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) apresenta esta quinta-feira, os resultados do projeto de resinagem desenvolvido no talhão 17 da Mata Nacional do Escaroupim, no concelho de Salvaterra de Magos.

A apresentação decorre na sequência de uma ação que decorrerá no Edifício do Cais da Vala, em Salvaterra de Magos, que terá a presença de Paula Soares, professora auxiliar do Instituto Superior de Agronomia, Rui Pombo, Diretor Regional da Conservação da Natureza e Florestas de Lisboa e Vale do Tejo, e Isabel
Carrasquinho, do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.

O projeto “Pinheiro Bravo Conservação e melhoramento dos recursos genéticos”, foi coordenado pelo INIAV, em colaboração com o ICNF, o ISA, Centro PINUS e a Faculdade de Ciências foi desenvolvido, na Mata Nacional do Escaroupim, um ensaio de resinagem em clones, com vista à identificação genética dos melhores indivíduos. Os resultados obtidos no referido projeto permitiram criar informação para dar
continuidade aos programas de melhoramento e conservação genética para o volume e forma do pinheiro-bravo e, mais recentemente, para a produção de resina, iniciado sob o PRR-Resina Natural RN21. Como um exemplo importante de resultados alcançados, será a submissão ao Catálogo Nacional dos Materiais de Base do pomar de elite de pinheiro-bravo, o que permitirá disponibilizar, para arborização, semente de elevada qualidade genética.

Inicialmente administrada pela Montaria Mor do Reino, a Mata Nacional do Escaroupim foi incorporada na Administração Geral das Matas do Reino em 1836.

Até à atualidade distam 188 anos, período durante o qual se verificaram transformações relativamente à sua ocupação florestal, nomeadamente a introdução do Eucalipto e condução de algumas parcelas para trabalhos de cariz científico.

Com 438 hectares, a Mata Nacional do Escaroupim (MNE) está arborizada numa superfície de 346
hectares, tendo como espécie principal o pinheiro-manso, que ocupa 32% da área da Mata, seguido
do pinheiro-bravo (20%) e do eucalipto (7%).

Além da produção de material lenhoso e fruto, existem outras áreas destinadas à investigação
florestal, com campos experimentais de melhoramento e conservação dos recursos genéticos de
pinheiro-bravo, pinheiro-manso, eucalipto e ulmeiro, existindo ainda uma área experimental para
culturas agrícolas da responsabilidade da DGAV, instalação de povoamentos de diversas espécies
do género Eucalyptus, entre outros.

É, ainda, relevante a instalação do Arboreto em 1953, o mais importante fora do território
Australiano, constituído por 126 espécies de Eucalipto.

A folhagem de eucalipto dali proveniente é a base da alimentação dos coalas do Jardim Zoológico
de Lisboa

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