Qualidade das refeições da Escola Secundária de Coruche chumbada por alunos e autarcas

A qualidade das refeições servidas na Escola Secundária de Coruche foi “chumbada” por autarcas, esta segunda-feira, na reunião de Câmara de Coruche.

O tema foi trazido a debate pelo vereador Osvaldo Mendes (PSD), que questionou o executivo não só da qualidade das refeições, como também do funcionamento do refeitório.

O eleito deu como exemplo a refeição que efetuou recentemente na Escola Secundária de Coruche, ao abrigo do programa “Refeitório Aberto”, que permite aos encarregados de edução almoçar nos refeitórios escolares com os seus educandos.

“Fizemos uma refeição de qualidade medíocre”, referiu o autarca, que considerou mesmo “de qualidade duvidosa” os hamburgers que foram servidos, pedindo por isso que haja uma “fiscalização mais apertada” à qualidade das refeições.

Osvaldo Mendes referiu-se também ao acompanhamento que é realizado aos alunos no refeitório, tendo constatado que não existe uma funcionária a apoiar ou recolher as senhas de almoço, bem como o facto dos alunos terem que recorrer às casas de banho para ter água para beber durante a refeição, pedindo por isso que passem a ser disponibilizados jarros de água para os alunos.

Valter Jerónimo (CDU), lamentou a situação, referindo que a bancada dos eleitos da CDU já havia alertado para a situação aquando da aprovação do caderno de encargos. “Quando o preço é fator decisivo acontecem estas coisas…”, afirmou.

O Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira (PS), reconheceu que sobretudo na Escola Secundária têm existido falhas que não podem ocorrer, justificando-se a empresa com as pessoas que confecionam a comida. “Não podemos ser permissivos e compreensivos, o serviço tem que ser bem executado”, disse, acrescentando que “se for necessário colocamos uma pessoa a supervisionar a confeção das refeições”.

O autarca admitiu mesmo a possibilidade da empresa fornecedora vir a ser penalizada se a situação persistir no próximo ano letivo.

“Se o serviço da empresa é bem prestado noutros locais, ou em empresas privadas, não é por ser numa autarquia que pode ter menos qualidade”, concluiu.

Recorde-se que o serviço de refeitório passou este ano a ser realizado pela empresa Gertal, com a qual o Município de Coruche assinou um contrato de 179.970 euros, acrescidos de IVA, para fornecimento das refeições nos espaços escolares.

De acordo com o contrato, cada refeição na Escola Secundária de Coruche tem um custo à autarquia de 2.30 euros.